O tema da sustentabilidade ganha destaque especial na Festa Literária Internacional do Pelourinho, que acontece até o próximo dia 10 de agosto, no Centro Histórico de Salvador. Com um espaço situado no Terreiro de Jesus, a startup baiana de impacto socioambiental Solos aproveitou a maior festa literária da Bahia para lançar o projeto Roda, que promove um delivery de reciclagem na região.
Para ter acesso ao serviço, basta que o morador separe os resíduos de casa ou do seu comércio e ligue para o telefone (71) 99957-8803 para que um triciclo elétrico passe em seu endereço para recolher o material. O agendamento dessa coleta também pode ser feito pelo site do projeto. Após a coleta, o material é separado dentro da cooperativa Crun e enviado para a indústria, onde é reciclado.
No ano em que o Brasil vai receber a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a Flipelô também apresenta outros projetos sustentáveis como o Circule um Livro, desenvolvido pela Indústria Brasileira de Árvores e pela Associação Baiana das Empresas de Base Florestal. O programa tem como objetivo promover a troca gratuita de livros, estimular o conhecimento, a leitura e a economia circular.
Os livros que estão em boas condições podem ser utilizados por outras pessoas. Já os que não estão são encaminhados para reciclagem. “Queremos, com isso, estimular mais a leitura, a disseminação do conhecimento e o acesso. Muita gente que vem aqui no projeto não tem condições de comprar um livro. E a gente também aproveita para falar sobre a economia circular e sobre a importância da reciclagem”, explica Yara Vasku, coordenadora de comunicação e projetos da Abaf.
Também no Terreiro de Jesus foi instalada a Loja de Inconveniências Nada Verdes, que convida o público a refletir sobre o descarte de materiais. “A loja é, na verdade, uma proposta para a gente poder repensar os nossos hábitos de consumo. A nossa proposta é repensar a quantidade de material que a gente usa e qual a destinação que damos para eles”, afirma Bárbara Portela, coordenadora do espaço, onde também serão realizadas palestras e distribuição de mudas. “Aqui há várias informações sobre espécies animais e vegetais que são totalmente impactadas [pelo descarte incorreto de materiais] e sobre o tempo que leva para a decomposição de cada material. Esse é um lugar de informação e para repensarmos sobre o descarte”, acrescenta.