Considerando um dos grandes ícones do samba, o cantor, compositor e instrumentista Arlindo Cruz faleceu nesta sexta-feira (8), aos 66 anos de idade, deixando como legado um vasto repertório de 847 composições e 1844 gravações que marcaram a história da música brasileira. Entre os seus principais sucessos mais tocados dos últimos cinco anos, estão canções emblemáticas como “O show tem que continuar”, “Meu lugar”, “Samba de arerê”, “O bem”, “Agora viu que perdeu e chora”, entre outros.
Natural do Rio de Janeiro, Arlindo Cruz teve o primeiro contato com a música por meio dos pais, que tocavam pandeiro e cavaquinho. Na década de 1980, ingressou no grupo Fundo de Quintal após a saída de Jorge Aragão, onde emplacou sucessos como Só pra Contrariar e O Show Tem que Continuar. Nos anos 1990, deixou a formação para se lançar em carreira solo. Mais tarde desenvolveu uma parceria com o sambista Sombrinha.
Desde março de 2017, o artista vivia com as sequelas de um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico, que o afastou dos palcos e o deixou sob cuidados intensivos da família. Em 2025, ele ganhou um importante reconhecimento ao ser condecorado com a Ordem do Mérito Cultural, a mais alta honraria para o setor cultural, e se tornou detentor da medalha Grã-Cruz.
Confira o ranking das músicas de autoria de Arlindo Cruz mais tocadas nos últimos cinco anos, segundo o Ecad:
O show tem que continuar
Arlindo Cruz / Sombrinha / Luiz Carlos da Vila
Meu lugar
Arlindo Cruz / Mauro Diniz
Samba de arerê
Arlindo Cruz / Xande de Pilares / Mauro Jr.
O bem
Delcio Luiz / Arlindo Cruz
Agora viu que perdeu e chora
Arlindo Cruz / Jorge David / Franco
Camarão que dorme a onda leva
Arlindo Cruz / Beto Sem Braço / Zeca Pagodinho
A pureza da flor
Jr. Dom / Babi / Arlindo Cruz
Será que é amor
Jr. Dom / Babi / Arlindo Cruz
O que é o amor
Maurição / Arlindo Cruz / Fred Camacho
Bagaço da laranja
Arlindo Cruz / Zeca Pagodinho