O cantor, compositor e instrumentista Arlindo Cruz faleceu nesta sexta-feira (8), aos 66 anos, no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada por sua esposa, Babi Cruz. O artista estava internado no Hospital Barra D’Or, na Zona Oeste da capital fluminense.
Desde março de 2017, Arlindo vivia com as sequelas de um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico, que o afastou dos palcos e o deixou sob cuidados intensivos da família.
Na semana passada, a esposa de Arlindo publicou uma foto ao lado dele no hospital, ao lado dos filhos, Arlindinho e Flora, em um momento de proximidade familiar.
A família divulgou uma nota confirmando a morte do artista e destacando o legado para a música. “Com imenso pesar, a família e a equipe de Arlindo Cruz comunicam seu falecimento. Mais do que um artista, Arlindo foi um poeta do samba, um homem de fé, generosidade e alegria, que dedicou sua vida a levar música e amor a todos que cruzaram seu caminho. Sua voz, suas composições e seu sorriso permanecerão vivos na memória e no coração de milhões de admiradores”, diz a nota.
A família também agradeceu o apoio que recebeu ao longo dos anos. “Agradecemos profundamente todas as mensagens de carinho, orações e gestos de apoio recebidos ao longo de sua trajetória e, especialmente, neste momento de despedida. Arlindo parte deixando um legado imenso para a cultura brasileira e um exemplo de força, humildade e paixão pela arte”, diz o texto.
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Carreira
Ícone do samba, Arlindo ficou conhecido por sua habilidade no cavaquinho e banjo, além de seu talento como compositor. Ganhou notoriedade ao integrar o grupo Fundo de Quintal, onde substituiu Jorge Aragão e permaneceu por 12 anos, gravando sucessos como “Seja Sambista Também”, “Só Pra Contrariar” e “O Mapa da Mina”.
Ao longo da carreira, Arlindo Cruz teve mais de 550 músicas gravadas por grandes nomes da música brasileira. Entre os principais intérpretes de sua obra estão Zeca Pagodinho, com faixas como “Bagaço de Laranja” e “Dor de Amor”, e Beth Carvalho, que eternizou canções como “Partido Alto Mora no Meu Coração” e “A Sete Chaves”.
Coincidentemente, nesta sexta-feira (8), a TV Brasil havia programado uma homenagem ao artista no programa Sem Censura, com apresentação de Cissa Guimarães e convidados especiais para celebrar o legado de Arlindo Cruz na história do samba.
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