Durante participação no programa “Saia Justa”, do GNT, exibido nesta quarta-feira (6), Junior Lima relembrou os boatos que surgiram sobre sua sexualidade na adolescência e como isso afetou sua autoestima e trajetória profissional.
O cantor afirmou que, apesar de ser heterossexual, ainda hoje lida com o preconceito. “Sou um homem hétero que, frequentemente, sofre com homofobia”, declarou o artista.
Segundo ele, o ambiente artístico em que cresceu, cercado pela mãe, irmã e outras mulheres, despertou desde cedo uma sensibilidade que, naquela época, foi mal interpretada. “Era um cara que dançava, compunha, tinha empatia. Isso se voltava contra mim”, disse.
Junior contou que os rumores começaram no fim dos anos 1990 e início dos anos 2000, período que descreve como mais machista e menos aberto às diferenças. “Na época, eu não entendia, mas gerou uma insegurança absurda. Tive que ser muito corajoso pra continuar sendo quem eu era. Não negar a minha sensibilidade”, relatou.
Ele destacou que o preconceito ainda impacta sua vida profissional. “Até hoje tem gente que tem preconceito comigo”, afirmou.
No programa, Junior também comentou outras fake news que enfrentou, como a que dizia que ele teria tentado suicídio aos 14 anos. O boato surgiu após um acidente doméstico com um canivete, que o levou a cortar o tendão e precisar de cirurgia.
“Eu fui fazer o show com o braço engessado e começaram a inventar que eu tinha tentado suicídio por causa da Sandy. Umas coisas maldosas, descabidas”, disse. Segundo ele, também já espalharam que ele teria sido internado em uma clínica de reabilitação, o que classificou como absurdo.