Do Pelourinho para a China: baiana brilha em festival internacional de aquarela

Do Pelourinho para a China: baiana brilha em festival internacional de aquarela

Redação Alô Alô Bahia

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José Mion/Alô Alô Bahia

Acervo pessoal

Publicado em 07/08/2025 às 17:09 / Leia em 2 minutos

A aquarelista e artista visual baiana Carol Miag participou do International Watercolor Art Festival, realizado na China, encerrado na última segunda-feira (4). O evento teve etapas nas aldeias históricas de Xidi e Hongcun, ambas reconhecidas como Patrimônio Mundial pela UNESCO.

Considerado um dos mais importantes festivais de aquarela do mundo, o encontro promoveu uma imersão artística ao ar livre, reunindo nomes de destaque da aquarela contemporânea internacional. Carol representou o Brasil e a Bahia como International Brand Ambassador (IBA) da Rockwell Art Supplies, marca canadense renomada de tintas e pincéis, que também foi responsável por sua residência artística no país asiático.

Obra que homenageia o Pelourinho agora é do acervo de museu na China | Foto: Acervo

Para o festival, Carol levou uma obra em aquarela que homenageia o Pelourinho. A pintura, que mistura memória afetiva, arquitetura colonial e resistência cultural, agora integra o acervo permanente do museu da Fábrica de Papel Baohong, em Baoding, uma das maiores fabricantes de papel artístico do mundo.

“Foi muito importante, para mim, representar a Bahia neste evento internacional, reforçando a perspectiva de minha terra como território fértil de criação e expressão artística. Foi incrível perceber as pessoas diante da opulência das cores do Pelourinho. Talvez seja clichê para nós, mas, para os chineses, acostumados com pinturas de paisagens urbanas europeias e cenas bucólicas do campo, ver uma imagem dessa é algo que desloca esse espectador, tira um pouco dos trilhos. Foi, realmente, uma jornada mágica”, conta ela.

Bacharel em Letras e mestre em Literatura e Cultura pela UFBA, Carol Miag também atua como tradutora, ilustradora, tatuadora e escritora. Natural de Salvador, ela vive no Canadá desde 2024, onde desenvolve uma obra autoral que une tradição e contemporaneidade, marcada por fluidez estética e um olhar sensível para o mundo ao redor.

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