Exposição fotográfica no interior da Bahia reforça importância do combate ao preconceito

Exposição fotográfica no interior da Bahia reforça importância do combate ao preconceito

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Luana Veiga

Genilson Coutinho

Publicado em 05/08/2025 às 09:55 / Leia em 3 minutos

Reforçando a importância do combate a LGBTfobia no Brasil, o fotógrafo baiano Genilson Coutinho promove a exposição “Até Quando?”, que fica em cartaz entre os dias 15 de agosto e 28 de setembro, no Museu Histórico de Jequié, no interior da Bahia. A mostra tem curadoria do professor Leandro Colling e reúne histórias de pessoas que tiveram sua vida perdida para LGBTfobia, apresentando a história familiar e o impacto das dores causadas pelas perdas.

Entre os destaques, o público terá a oportunidade de conhecer o primeiro caso de homofobia registrado no Brasil. Em 1614, o indígena da etnia tupinambá Tibira do Maranhão foi executado com um tiro de canhão por ser homossexual. Sua história foi documentada no livro lançado em 2014 pelo antropólogo e fundador do Grupo Gay da Bahia, Luíz Mott. “‘Até Quando?’ é um grito de alerta para a LGBTfobia. Levar essa exposição a Jequié é fundamental para fortalecer a luta em prol da comunidade LGBTQIAPN+ no combate às violências contra a comunidade por meio da minha arte. A arte aqui não é só estética — é denúncia, é resistência e é sonho de um futuro mais justo para todos”, afirma Genilson Coutinho, idealizador da mostra.

Na exposição, também há referências à morte do estudante Itamar Ferreira, na fonte da Praça do Campo Grande; ao assassinato da artista transformista Andressa Larmac, nas proximidades da Estação da Lapa; e à morte de Teu Nascimento na sua residência, em Cajazeiras. Além desses crimes ocorridos na capital baiana, a mostra retrata o assassinato do jovem ativista Alex Fraga, em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador.

“A exposição ‘Até Quando?’ é um marco relevante para a cultura e para os direitos humanos em nosso município. A mostra reforça a promoção do respeito, da diversidade e da inclusão. A arte tem o poder de transformar realidades e provocar reflexões profundas, e o evento alerta contra a violência e o preconceito que ainda persistem no Brasil. Para nós, é uma honra e uma oportunidade única de oferecer à população um conteúdo artístico de forte relevância social. Que essa exposição seja uma semente para um diálogo mais empático, mais justo e mais humano”, declara o secretário de Cultura e Turismo de Jequié, Domingos Ailton.

 

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