Associação das Baianas repudia acarajé do amor: ‘É um alimento sagrado’

Associação das Baianas repudia acarajé do amor: ‘É um alimento sagrado’

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Surenã Dias, com informações do G1

Reprodução/TV Globo

Publicado em 04/08/2025 às 13:09 / Leia em 2 minutos

A Associação de Baianas de Acarajé (Abam) se manifestou nesta segunda-feira (4) sobre a polêmica em torno do chamado “acarajé do amor”, receita que viralizou nas redes sociais na última semana e virou febre em cidades como Aracaju e Maceió.

Durante entrevista ao Jornal da Manhã, a presidente da Abam, Rita Santos, criticou a tentativa de modificar o preparo tradicional do quitute baiano. Segundo ela, o acarajé vai muito além de um alimento, trata-se de uma comida sagrada e ancestral.

“Não há nenhum problema de inovação, criatividade e estratégia de marketing com elementos da Bahia, mas o acarajé não faz parte das tendências da moda. Ele é um alimento sagrado, que está associado a nossa cultura”, afirmou.

“O ofício das baianas está registrado e salvaguardado desde 2005 no Brasil. Isso foi feito para justamente não existir essa propaganda enganosa. Não existe acarajé pink, de sushi, hambúrguer de acarajé, qualquer outra tendência estabelecida pela efemeridade da ocasião”, criticou Rita Santos.

Rita Santos destacou também que cada ingrediente do acarajé tem um significado, e que a receita é transmitida de geração em geração. “Mudar a receita pode alterar não somente o sabor, mas também a tradição e história que ele carrega. O acarajé é mais que um prato. É expressão de identidade, é cultura afro-brasileira, por isso respeitar a receita original é fundamental para preservar a autenticidade”, concluiu a baiana.

 

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