O morango do amor, tradicional nas festas populares, se tornou o centro de uma nova febre gastronômica que rapidamente conquistou espaço nas redes sociais. A alta procura impulsionou vendas em confeitarias, comércios locais e aplicativos de entrega, onde o doce passou a ser oferecido por até R$ 50.
A tendência, agora, chega ao universo da confeitaria de luxo. Denilson Lima, confeiteiro conhecido por atender celebridades e nomes da alta sociedade paulistana, lançou uma versão sofisticada do doce por R$ 2.100 — o valor corresponde a uma caixa com oito unidades.
As frutas são envoltas por uma camada fina e crocante de caramelo, decoradas com detalhes produzidos em açúcar isomalt, que remetem ao estilo dos famosos ovos Fabergé. A apresentação do produto segue o padrão estético já associado ao trabalho de Denilson. Os recheios disponíveis são: brigadeiro belga, brigadeiro de maracujá e brigadeiro de leite ninho.
Segundo o confeiteiro, a criação da versão exclusiva foi uma resposta direta ao aumento da demanda. “Era muita gente me marcando, mandando mensagem, perguntando quando sairia o ‘meu’. Nunca vi nada igual”, contou em entrevista à Forbes. Ele afirma que o ateliê recebeu mais de 400 mensagens nas primeiras horas após o anúncio e, desde então, os pedidos somam cerca de 3 mil. “A produção bate o limite diário todos os dias, e mesmo assim os pedidos continuam”, completou.
Natural de São Luís (MA), Denilson Lima iniciou sua trajetória ainda jovem, inspirado pela avó que vendia bolos caseiros. Aos 19 anos, mudou-se para São Paulo, onde abriu um ateliê que o projetou entre os confeiteiros mais requisitados da capital. Entre seus clientes estão figuras como Camila Queiroz, Silvia Braz e Di Ferrero.
O morango do amor se junta a outras criações de alto padrão assinadas por ele, como os ovos Fabergé lançados na última Páscoa, que chegaram a custar R$ 15 mil a unidade. Para Denilson, mais do que o produto final, o diferencial está na experiência oferecida: “Hoje, mais do que ter um bom produto, é sobre saber narrar, emocionar, conectar. E eu entendi cedo esse papel. Me vejo bem posicionado nessa nova economia da criação.”