Associação das baianas repudia ‘acarajé do amor’: ‘Sem propósito’

Associação das baianas repudia ‘acarajé do amor’: ‘Sem propósito’

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Carol Neves para o Correio

Reprodução

Publicado em 02/08/2025 às 11:27 / Leia em 2 minutos

A Associação de Baianas de Acarajé (Abam) repudiou, na sexta (1), alterações feitas na receita do tradicional quitute para deixá-lo mais parecido com o “morango do amor”, doce que tem feito sucesso no país. As alterações foram feitas em locais como Aracaju (SE) e Maceió (AL) para deixar o acarajé mais similar ao doce da moda.

Com as mudanças, o “acarajé do amor” está sendo vendido com a cobertura de doce, ao contrário dos acompanhamentos tradicionais como vatapá, camarão e caruru.

A Abam divulgou nota em que reforça que o ofício de baianas é tradicional e que não aceita qualquer tipo de mudança nos ingredientes e modo de preparo, chamando a novidade de “sem propósito”.

Somos empreendedoras ancestrais e focadas na tradição deixada por nossos antepassados, sem surfar nas influências contemporâneas sem propósito“, diz a nota.

Leia a nota da associação:

“A Associação de Baianas de Acarajé – ABAM, não aprova e não aceita qualquer tipo de alteração em nossa receita e modo de preparo dos nossos produtos, somos empreendedoras ancestrais e focadas na tradição deixada por nossos antepassados, sem surfar nas influências contemporâneas sem propósito”

Sergipana viralizou com novidade

A empreendedora sergipana Ingrid Carozo, de 36 anos, conhecida por suas criações gastronômicas envolvendo acarajé, apresentou sua mais nova invenção: o “acarajé do amor”. A receita, inspirada no sucesso do “morango do amor”, consiste em uma cobertura semelhante à do doce tradicional, mas com recheio de miniacarajé.

Segundo Ingrid, em conversa com o g1, a ideia surgiu para acompanhar tendências de redes sociais. “No dia que vi que o morango do amor estava em alta, comprei os ingredientes e, junto com a cozinheira, fizemos o acarajé do amor e divulgamos na rede social do estabelecimento”, disse.

A novidade gerou opiniões divididas. Parte do público elogiou a criatividade, enquanto outros questionaram a adaptação de um prato reconhecido como patrimônio cultural da Bahia. Para a criadora, o debate é esperado.

“Acho normal dividir opiniões, ninguém pensa igual. A gastronomia pode ir além da nossa imaginação. Entendo as críticas e respeito a religião, mas o acarajé do amor foi feito para divulgação, para entrar no clima do momento”, afirmou.

 

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