Justin Timberlake, de 44 anos, revelou que foi diagnosticado com a Doença de Lyme, que é uma infecção transmitida por picadas de carrapatos que causa dores musculares, confusão mental e fadiga. Em um post em seu perfil no Instagram, nesta quinta-feira (31), o artista americano explicou que se sentiu tão debilitado que chegou a pensar em cancelar a turnê Forget Tomorrow, que ele encerrou na quarta-feira (30). Justin já tinha deixados fãs preocupados com sua performance nos palcos.
“Bem, à medida que estes dois anos incríveis chegam ao fim e eu anseio pelo futuro, eu queria escrever algo do coração. Não é uma tarefa fácil tentar contextualizar o turbilhão da turnê – mas, vou tentar… Esta tem sido a experiência mais divertida, emocional, gratificante, fisicamente exigente e, por vezes, cansativa”, começou.
“Faço isto há mais de 30 anos (o que me parece louco dizer) –– e dei tudo o que tenho a isto. Eu não teria conseguido sem a minha família, amigos, The TN Kids e todo o SEU apoio”, escreveu o cantor, casado com a atriz Jessica Biel, com quem tem dois filhos, Silas, de 10, e Phineas, de 4.
Justin lembrou que é discreto, mas que precisava explica o momento pelo qual está passando. “Como muitos de vocês sabem, eu sou uma pessoa muito reservada. Mas enquanto reflitor sobre a turnê e a turnê do festival – quero contar a vocês um pouco sobre o que está acontecendo comigo. Entre outras coisas, tenho lutado contra alguns problemas de saúde e fui diagnosticado com a doença de Lyme -— que não digo para que se sinta mal por mim -— mas para esclarecer o que tenho enfrentado nos bastidores”, afirmou.
“Se você já passou por esta doença ou conhece alguém que já passou – então está ciente: viver com isto pode ser implacavelmente debilitante, tanto mental como fisicamente. Quando recebi o diagnóstico pela primeira vez fiquei chocado”, confessou. “Mas, pelo menos eu podia entender porque estaria no palco e com uma enorme quantidade de dor nervosa ou, apenas sentindo cansaço ou doença louca”, explicou o músico.
Justin pensou então em parar. “Fui confrontado com uma decisão pessoal. Parar de fazer turnê? Ou, continue e descubra. Decidi que a alegria que a apresentação me traz supera muito o stress fugaz que o meu corpo estava a sentir. Estou tão feliz por ter continuado. Não só provei a minha tenacidade mental a mim mesmo, mas agora tenho tantos momentos especiais com todos vocês que nunca esquecerei”, continuou ele.
“Estava relutante em falar sobre isto porque sempre fui criado para guardar algo assim para mim. Mas estou tentando ser mais transparente sobre minhas lutas para que elas não sejam mal interpretadas. Partilhando tudo isto com a esperança de que todos possamos encontrar uma maneira de estarmos mais conectados. Gostaria de fazer a minha parte para ajudar outras pessoas que estão passando por esta doença também”, completou.
O que é a doença de Lyme?
De acordo com o Hospital Albert Einstein. a doença de Lyme é uma infecção bacteriana transmitida por carrapatos, causada pela bactéria Borrelia burgdorferi. Principalmente quando não é tratada, pode gerar complicações no coração e no sistema nervoso. É uma doença rara no Brasil, sendo mais comum nos Estados Unidos.
A doença de Lyme gera irritação na pele em forma de alvo, febre, cefaleia, fadiga, dores nas articulações e fraqueza dos membros. Complicações como problemas cardíacos e no sistema nervoso podem aparecer tardiamente. Algumas pessoas desenvolvem uma síndrome marcada pela persistência dos sintomas.
O diagnóstico da doença de Lyme é feito com base nos sintomas. Testes laboratoriais podem ser realizados algumas semanas depois da exposição a carrapatos. A prevenção é feita evitando o contato com carrapatos, com o uso de repelentes e cobrindo o corpo em áreas onde eles estão.
O tratamento da doença de Lyme é feito principalmente com antibióticos, a critério médico. As complicações também precisam ser controladas. Nos casos da síndrome pós doença de Lyme, profissionais de saúde avaliam a melhor forma de lidar com os sintomas persistentes. A maioria dos casos de doença de Lyme é tratada com antibióticos por até quatro semanas. Algumas pessoas desenvolvem uma síndrome com sintomas persistentes que pode durar meses a anos após o fim do tratamento.
