O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes passou a integrar oficialmente a lista de sanções dos Estados Unidos, conhecida como “Ofac List”, que é gerida pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros. A inclusão foi feita com base na chamada Lei Magnitsky, usada pelo governo norte-americano para punir estrangeiros acusados de envolvimento em corrupção ou violação de direitos humanos.
Na mesma lista, também aparecem nomes ligados ao crime organizado e ao terrorismo internacional, como integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) e do grupo Hezbollah. Entre eles está Diego Macedo Gonçalves do Carmo, conhecido como “Brahma”, apontado pelas autoridades como um dos principais operadores da lavagem de dinheiro do PCC.
Do lado do Hezbollah, foram sancionados nomes como Assad Ahmad Barakat, considerado operador do grupo no Brasil, Farouk Omairi, acusado de coordenar integrantes na região da Tríplice Fronteira, Bilal Mohsen Wehbe, principal representante do Hezbollah na América do Sul, e Ali Muhammad Kazan, ex-líder xiita em Foz do Iguaçu e ligado a uma escola libanesa na região.
A inclusão de Moraes na lista foi anunciada nesta quarta-feira (30), em ação tomada pelo governo do ex-presidente Donald Trump. A sanção implica o congelamento de bens e contas vinculadas ao ministro em solo norte-americano, além de proibir cidadãos e empresas dos EUA de realizarem qualquer tipo de transação com ele.
Segundo o departamento do Tesouro dos Estados Unidos, a lei foi aplicada contra Mores por ele usar o cargo para “autorizar detenções arbitrárias preventivas e suprimir a liberdade de expressão”, citando expressamente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu por golpe de Estado.
De acordo com o secretário Scott Bessent, o ministro é responsável por “uma campanha opressiva de censura”, “processos politizados” e “detenções arbitrárias”.