O Ministério da Justiça confirmou nesta terça-feira (29) que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), foi localizada e presa em Roma, na Itália, e será submetida ao processo de extradição.
De acordo com a pasta, a captura da parlamentar foi resultado de uma ação conjunta entre a Polícia Federal, a Interpol e autoridades italianas.
“A presa era procurada por crimes praticados no Brasil e será submetida ao processo de extradição, conforme os trâmites previstos na legislação italiana e nos acordos internacionais dos quais o Brasil é signatário”, informou o ministério em nota oficial.

Foto: Reprodução/MJSP
O advogado de Zambelli, Fábio Pagnozzi, afirmou que tentará barrar o processo de extradição. Em uma rede social, ele compartilhou um vídeo da deputada.
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Zambelli deixou o país após ser condenada a 10 anos de prisão em regime fechado, por envolvimento direto na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A denúncia apontou que a deputada atuou em parceria com o hacker Walter Delgatti Neto, já preso preventivamente.
Zambelli estava na lista de foragidos internacionais, após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que converteu sua prisão preventiva em definitiva.
Entenda a condenação
A decisão do STF foi unânime. Os ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Luiz Fux acompanharam o voto do relator Alexandre de Moraes, reconhecendo que Zambelli ordenou que Delgatti invadisse o sistema do CNJ para inserir documentos falsos, como um falso mandado de prisão contra Moraes.
Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), a ação teve como objetivo desacreditar o sistema de Justiça e fomentar manifestações antidemocráticas.
Além da pena de prisão, o STF determinou a perda do mandato e a inelegibilidade da parlamentar.