Mais de 11 milhões de chaves Pix tiveram dados cadastrais expostos após um acesso indevido ao Sistema de Busca de Ativos do Poder Judiciário (Sisbajud), plataforma operada em conjunto pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Banco Central (BC). O incidente de segurança ocorreu entre os dias 20 e 21 de julho e comprometeu exatamente 11.003.398 registros.
De acordo com os dois órgãos, foram vazados apenas dados cadastrais como nome do titular da conta, chave Pix, nome do banco, número da agência e da conta. Informações sensíveis, como senhas, saldos ou extratos bancários, não foram afetadas.
O CNJ informou que a falha foi identificada e corrigida rapidamente, e que o sistema já opera normalmente.
Apesar disso, a exposição pode facilitar tentativas de golpes e fraudes, como alertou o próprio CNJ. O conselho orienta que usuários redobrem a atenção com mensagens ou ligações suspeitas. Também informou que não entrará em contato com os afetados por e-mail, telefone ou SMS, e que em breve disponibilizará em seu site oficial uma ferramenta para que os cidadãos consultem se foram impactados.
A Polícia Federal e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) foram notificadas sobre o caso. Já o Banco Central classificou o impacto como baixo e afirmou que, mesmo sem obrigação legal, optou por tornar o incidente público em nome da transparência. Detalhes do caso serão publicados na página oficial de exposições relacionadas ao Pix.
O Sisbajud substitui o antigo BacenJud e é a plataforma utilizada por juízes para acessar informações financeiras e determinar bloqueios de valores em processos judiciais.
