O Brasil atingiu a marca de 167,5 milhões de pessoas com 10 anos ou mais usando telefone celular para fins pessoais em 2024, o que representa 88,9% da população dessa faixa etária, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta quinta-feira (24) pelo IBGE.
O estudo também revela uma forte desigualdade entre áreas urbanas e rurais. Enquanto 90,5% dos moradores das cidades possuem celular, esse índice cai para 77,2% no campo. Quando analisado por sexo, 90,2% das mulheres têm celular para uso pessoal, ante 87,5% dos homens.
Além disso, o acesso à internet via celular continua em crescimento: o percentual da população com 10 anos ou mais com celular e conexão subiu de 96,7% em 2023 para 97,5% em 2024.

Foto: Reprodução/PNAD/IBGE
A posse de celulares entre pessoas com 10 anos ou mais tem aumentado gradualmente:
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2016: 77,4%
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2023: 87,6%
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2024: 88,9%
Nas áreas rurais, o avanço foi ainda mais significativo: de 54,6% em 2016 para 77,2% em 2024, mostrando um processo de inclusão digital, ainda que com disparidades persistentes.
Por que ainda há quem não usa?
Entre os principais motivos apontados pelas pessoas que não possuem celular estão:
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Não saber usar: 30,4%
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Falta de necessidade: 21,8%
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Alto custo do aparelho: 19,4%
Outros fatores incluíram: -
Uso do celular de terceiros (10,8%)
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Preocupações com segurança ou privacidade (7,6%)
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Serviço caro (2,4%)
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Falta de internet nos locais frequentados (0,5%)
O levantamento também mostra que, embora o acesso à internet tenha crescido, persistem diferenças regionais e urbanas.
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90,2% dos moradores urbanos usaram internet em 2024
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No campo, o índice foi de 81%
Já nas regiões do país:
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Norte: 83,7%
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Nordeste: 84,0%
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Sudeste: 91,3%
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Centro-Oeste: 92,6%