Bahia tem cinco entre as dez cidades mais perigosas do Brasil; veja o ranking

Bahia tem cinco entre as dez cidades mais perigosas do Brasil; veja o ranking

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Tiago Mascarenhas

Divulgação

Publicado em 24/07/2025 às 12:32 / Leia em 4 minutos

Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024 revelam que a maior parte das cidades mais violentas do país está concentrada na região Nordeste.

Entre os dez municípios com maiores taxas de mortes violentas intencionais, cinco ficam na Bahia. O estado também ocupa o segundo lugar no ranking nacional de violência entre as unidades da federação.

O levantamento, divulgado nesta quinta-feira (24) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), considera homicídios dolosos, latrocínios, lesões corporais seguidas de morte e mortes causadas por intervenção policial em cidades com mais de 100 mil habitantes.

Segundo o estudo, as altas taxas de violência estão ligadas à disputa entre facções criminosas pelo controle do tráfico de drogas.

Maranguape, no Ceará, lidera a lista de cidades mais violentas, com uma taxa de 79,5 mortes por 100 mil habitantes. Em segundo lugar aparece Jequié, na Bahia, com 77,6, seguida por Juazeiro (BA), Camaçari (BA) e Cabo de Santo Agostinho (PE). No total, 16 das 20 cidades mais violentas do país estão no Nordeste.

Entre os estados, o Amapá permanece na liderança com 45,1 mortes por 100 mil habitantes, apesar de ter registrado uma redução de 30,6% em relação a 2023.

A Bahia aparece em segundo lugar, com taxa de 40,6, e o Ceará em terceiro, com 37,5. Na outra ponta do ranking está São Paulo, com o menor índice do país: 8,2 mortes por 100 mil habitantes.

O anuário também traz outros dados relevantes. Um em cada cinco agressores descumpriu medidas protetivas urgentes concedidas pela Justiça.

No campo da segurança patrimonial, houve queda de 12,6% nos registros de roubos e furtos de celulares, mas ainda assim mais de 917 mil aparelhos foram levados em 2024, os sábados foram os dias com mais ocorrências. Apenas 8% desses aparelhos foram recuperados pelas forças policiais.

Os investimentos públicos na área cresceram 6% e chegaram a R$ 153 bilhões em 2024, com destaque para as prefeituras, que aumentaram os aportes em segurança em 60% na comparação com 2021.

Em relação ao armamento, o número de novas armas registradas caiu 79% desde 2022, último ano do governo Bolsonaro, enquanto a produção nacional diminuiu 92,3% entre 2021 e 2024.

A população carcerária também aumentou e chegou a 909.594 pessoas. Ainda assim, o déficit de vagas no sistema prisional supera 237 mil. Cerca de 13% dos presos cumprem pena em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica.

O levantamento apontou ainda que o Rio Grande do Norte e Santa Catarina lideram os casos de interrupção de aulas em escolas e creches públicas por causa da violência, seguidos do Rio de Janeiro.

Já os registros de bullying e cyberbullying continuam crescendo, afetando especialmente crianças a partir dos 10 anos e adolescentes entre 14 e 17 anos.

Cidades mais violentas do país (taxa por 100 mil habitantes):

Ranking Cidade UF Taxa
Maranguape CE 79,9
Jequié BA 77,6
Juazeiro BA 76,2
Camaçari BA 74,8
Cabo de Santo Agostinho PE 73,3
São Lourenço da Mata PE 73
Simões Filho BA 71,4
Caucaia CE 68,7
Maracanaú CE 68,5
10º Feira de Santana BA 65,2
11º Itapipoca CE 63,8
12º Sobral CE 59,9
13º Sorriso MT 59,7
14º Porto Seguro BA 59,7
15º Marituba PA 58,8
16º Teófilo Otoni MG 58,2
17º Santo Antônio de Jesus BA 57,7
18º Santana AP 54,1
19º Ilhéus BA 54
20º Salvador BA 52

 

Ranking da violência nos estados em 2024 (taxa por 100 mil habitantes):

Estado 2023 2024 Variação
BRASIL 21,9 20,8 -5,4%
Amapá 64,9 45,1 -30,6%
Bahia 44,4 40,6 -8,4%
Ceará 33,9 37,5 10,9%
Pernambuco 38,3 36,2 -5,4%
Alagoas 37,6 35,4 -5,7%
Maranhão 27,1 30,4 12,1%
Mato Grosso 30,7 29,8 -3%
Pará 31,9 29,5 -7,3%
Amazonas 33,2 27,4 -17,4%
Rondônia 26,1 26,1 -0,3%
Paraíba 25,8 25,6 -0,9%
Rio Grande do Norte 30,3 24,2 -20,3%
Espírito Santo 26,9 23,9 -11,2%
Sergipe 30,2 22,8 -24,5%
Rio de Janeiro 24,8 22,1 -10,8%
Acre 24,4 20,3 -16,7%
Piauí 21,9 20,3 -7,3%
Tocantins 27,4 19,8 -27,9%
Goiás 22,5 18,8 -16,6%
Mato Grosso do Sul 20,9 18,7 -10,2%
Roraima 25,5 18,6 -27,1%
Paraná 19,3 18,4 -4,7%
Minas Gerais 14,4 15,1 5%
Rio Grande do Sul 17,7 15,0 -14,9%
Distrito Federal 10,5 8,9 -14,9%
Santa Catarina 8,5 8,5 0%
São Paulo 7,6 8,2 7,5%

Compartilhe

Alô Alô Bahia Newsletter

Inscreva-se grátis para receber as novidades e informações do Alô Alô Bahia