O Departamento de Justiça dos Estados Unidos informou em maio ao ex-presidente Donald Trump que seu nome aparecia nos arquivos de Jeffrey Epstein, milionário acusado de abuso sexual de menores. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (23) pelo Wall Street Journal.
De acordo com a reportagem, a procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, e seu vice teriam comunicado Trump durante uma reunião na Casa Branca. Na ocasião, afirmaram que os arquivos de Epstein continham “boatos não verificados” sobre diversas figuras públicas que mantiveram algum tipo de relação social com o empresário, incluindo Trump.
O jornal destaca que os documentos citariam “centenas de outros nomes” e ressalta que a simples menção nos registros não indica envolvimento direto em atividades ilegais.
Em nota, a Casa Branca classificou a reportagem do Wall Street Journal como “fake news”.
No dia 7 de julho, o Departamento de Justiça dos EUA divulgou uma nota afirmando que, após investigação conduzida pelo FBI, concluiu-se que Jeffrey Epstein cometeu suicídio enquanto estava detido em uma prisão de Nova York, em 2019. Ainda segundo a nota, não foram encontradas evidências de que o empresário mantinha uma “lista de clientes” envolvidos nos abusos.
A declaração reacendeu controvérsias e teorias da conspiração que circulam tanto entre republicanos quanto entre democratas, sugerindo que Epstein teria sido assassinado e que guardava nomes de figuras poderosas que participavam dos crimes.
Jeffrey Epstein foi acusado de manter uma rede de exploração sexual de menores desde os anos 1990. Sua associada, Ghislaine Maxwell, foi condenada em 2022 a 20 anos de prisão por envolvimento no esquema de tráfico sexual
