A nova temporada da série documental “Artérias”, dirigida por Helena Bagnoli, estreia na próxima quinta (24), às 21h30, no SescTV, e reafirma seu compromisso com a valorização da diversidade na arte contemporânea brasileira. A segunda temporada da produção dá voz a artistas visuais afro-brasileiros, indígenas e LGBTQIAPN+, vindos de diversas regiões do país, entre eles, os baianos Ayrson Heráclito e Lázaro Roberto, criador do Zumvi Arquivo Afro Fotográfico.
Com 26 episódios inéditos, exibidos às quintas-feiras, a série traz narrativas em primeira pessoa que revelam os universos criativos de artistas profundamente conectados aos debates sociais, políticos e culturais da atualidade. Cada episódio tem cerca de 13 minutos de duração, disponíveis também sob demanda em sesctv.org.br/noar e, no caso dos baianos, foram gravados em Salvador.
Ayrson Heráclito utiliza performance, instalação e audiovisual para investigar a herança afro-brasileira | Foto: Henk Neiman
Segundo a diretora Helena Bagnoli, a nova temporada amplia o mapeamento iniciado na primeira edição (2020/2021), propondo um olhar mais plural e inclusivo sobre a arte brasileira. “São artistas que desenvolvem novas ordens criativas e refletem as transformações culturais do nosso tempo, deslocando olhares etnocêntricos e descontruindo estereótipos historicamente associados à arte no Brasil”, afirma.
A estreia da temporada será com Castiel Vitorino Brasileiro, artista capixaba que aborda espiritualidade Bantu, identidade de gênero e ancestralidade por meio de instalações, performances e obras audiovisuais. Já o segundo episódio, no ar no dia 31 de julho, apresenta o trabalho do Coletivo Coletores, formado por Toni Baptiste e Flávio Camargo, com foco em arte urbana, videomapping e intervenções que ressignificam o espaço público como lugar de resistência e memória.
Lázaro resgata e preserva a memória visual da população negra no Brasil | Foto: Henk Nieman
Entre os destaques da temporada estão o baiano de Macaúbas Ayrson Heráclito, cuja obra transita entre instalação, performance e audiovisual, sempre marcada pela investigação da herança afro-brasileira, espiritualidade e processos de cura; e Lázaro Roberto, soteropolitano e idealizador do Zumvi Arquivo Afro Fotográfico, que atua como guardião da memória visual da população negra, resgatando imagens e narrativas invisibilizadas na história oficial.
Além deles, a série traz nomes como Gê Viana, Davi de Jesus do Nascimento, Gustavo Caboco, Jota Mombaça, Panmela Castro, Uýra, No Martins, Juliana dos Santos, Alice Yura, Carmézia Emiliano, entre muitos outros, compondo um retrato multifacetado da produção artística brasileira contemporânea.
