O Museu de Arte da Bahia (MAB), em Salvador, abriu as portas para a exposição “Bancos Indígenas do Brasil: Rituais”, que reúne 100 bancos cerimoniais esculpidos por representantes de 39 etnias indígenas brasileiras. A mostra, inédita na Bahia, destaca o valor ritual, estético e simbólico dessas peças, que vão muito além da função utilitária.
Após passar por cidades como São Paulo, Brasília e Belo Horizonte, a exposição chegou à capital baiana na última sexta-feira (18). As obras, que integram a Coleção BEĨ, refletem aspectos do cotidiano, da espiritualidade e da cosmologia dos povos originários.
A curadoria é assinada por Marisa Moreira Salles, Tomas Alvim, Danilo Garcia e pelo artista indígena Milton Galibis Nunes, da etnia Galibi Marworno, que produziu bancos de até seis metros de comprimento, usados nos rituais do Turé, celebrações coletivas com forte dimensão espiritual.
Dividida em três núcleos — espiritualidade e cura, iniciação e passagem e contos e mitos —, a exposição convida o público a uma imersão na arte indígena como manifestação ancestral de saberes, crenças e histórias.
A visitação é gratuita e segue até o dia 28 de setembro, com realização em parceria com o Ministério da Cultura, CBMM e a Coleção BEĨ. O projeto também promoverá 16 oficinas de arte-educação voltadas para estudantes da rede pública.