Os Estados Unidos (EUA) suspenderam os vistos de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), e de outros sete integrantes da Corte.
Na sexta-feira (18), Marco Rubio, secretário de Estado do governo Donald Trump responsável pelas relações internacionais dos EUA, anunciou a revogação dos vistos americanos para Moraes, “de seus aliados e de seus familiares imediatos”.
Segundo fontes do governo federal, além de Moraes, também tiveram seus vistos suspensos o presidente do STF, Luis Roberto Barroso; o vice-presidente, Edson Fachin; Dias Toffoli; Cristiano Zanin; Flávio Dino; Cármen Lúcia; e Gilmar Mendes.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, também teve a permissão para entrar nos Estados Unidos suspensa. Ficaram de fora da lista os ministros André Mendonça, Nunes Marques e Luiz Fux.
Reação do governo brasileiro
Neste sábado (19), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) divulgou nota oficial expressando “solidariedade e apoio” aos ministros do STF afetados pela medida dos EUA. Segundo Lula, trata-se de “mais uma medida arbitrária e completamente sem fundamento do governo dos Estados Unidos”.
A decisão americana foi anunciada no mesmo dia em que Alexandre de Moraes determinou o uso de tornozeleira eletrônica pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), aliado de Donald Trump. De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), havia “concreta possibilidade” de fuga por parte do ex-presidente.