O cantor baiano Netinho, de 58 anos, retornou aos palcos após enfrentar um câncer no sistema linfático, diagnosticado em março deste ano. Conhecido pelo sucesso “Milla”, dos anos 1990, o artista passou por seis sessões de quimioterapia em um hospital de Salvador e anunciou em junho que está curado.
Em publicação nas redes sociais, Netinho compartilhou imagens de seu primeiro ensaio com a banda após cinco meses afastado dos palcos. Ele comentou sobre os efeitos do tratamento na voz:
“Ontem foi o primeiro ensaio com minha banda depois de cinco meses sem cantar. Ainda superando desafios: estou recuperando o tônus muscular de antes da quimioterapia. Como as cordas vocais são músculos, ainda não tenho a potência de voz que tinha antes. Mas logo terei”, escreveu.
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O cantor também explicou que a rouquidão que ainda apresenta é resultado do uso prolongado de ar-condicionado na semi-UTI, onde permaneceu durante o tratamento. “Aos poucos essa rouquidão está indo embora. Que saudade eu estava sentindo dos ensaios”, completou.
Em junho, Netinho informou que um exame PET/CT não detectou mais sinais da doença. “No exame que fiz em 6 de junho, não foi encontrado qualquer sinal de câncer. Estou curado”, afirmou. Apesar da boa notícia, os médicos recomendaram a conclusão do protocolo de quimioterapia. “Estou na quinta sessão e falta apenas mais uma”, disse.
O linfoma não Hodgkin tipo B.2 foi diagnosticado após Netinho sentir dores nas costas e buscar atendimento médico. Ele foi internado e cancelou os compromissos de carnaval. Poucos dias depois, apareceu nas redes sociais com a cabeça raspada, antecipando a queda de cabelo causada pelo tratamento.
Desde o início da doença, o cantor está sob acompanhamento onco-hematológico da médica Glória Bonfim. Em declaração, ele lembrou do histórico de saúde delicado, especialmente por complicações que enfrentou em 2013, quando sofreu três AVCs, perdeu a voz, passou por cirurgias no cérebro e teve de usar stents e uma válvula cerebral. À época, os problemas foram relacionados ao uso de anabolizantes.
“Meu médico, Dr. Paraná, me internou logo após a suspeita, por conta do meu histórico. Estou fazendo uma série de exames para descartar qualquer outro risco”, relatou Netinho.
