Roberto Justus, de 70 anos, e Ana Paula Siebert, de 37, protocolaram nesta semana uma ação de danos morais contra o professor aposentado da UFRJ Marcos Dantas, que fez ofensas contra Vicky, filha de cinco anos do casal, no X (antigo Twitter). O docente havia comentado “só a guilhotina” em uma foto em que a criança aparece segurando uma bolsa de grife de R$ 14 mil. O casal também entrou com uma ação de danos morais contra a psicóloga Aline Alves de Lima, que usou a rede social para apoiar o ataque do professor. Nas ações, eles pedem ao professor e à psicóloga, separadamente, uma indenização no valor de R$ 300 mil (para cada), sendo R$ 100 mil para cada um (Justus, Ana e Vicky), totalizando R$ 600 mil.
Nos documentos, aos quais a Quem teve acesso nesta quinta-feira (17), a defesa do casal repudiou as ofensas do professor e da psicóloga. Na ação contra Marcos, o advogado citou a carta de retratação feita pelo docente e intitulada de ‘uma metáfora virou crime’.
“Lá, o Réu [Marcos] pretende culpabilizar o alcance das redes sociais e se coloca como ‘vítima da profunda desigualdade social’, se desculpando apenas perante o Autor Roberto. Evidente que o pedido tardio de desculpas públicas somente ocorreu após a grande repercussão gerada pela atitude criminosa e violenta cometida, repita-se, por um Professor da Pós-graduação de uma das maiores Universidades Federais do País! É óbvio que não foi sincero”, argumentou o advogado.
Já na ação contra Aline, a defesa também destacou que a psicóloga incitou a violência contra a família e explicou o porquê do valor da indenização. “Tamanho é o absurdo das ilicitudes aqui narradas que a dor sofrida pelos Autores [Justus, Ana] mal pode ser aplacada com uma compensação financeira. No entanto, além da penalização que se espera no juízo criminal para os delitos que foram cometidos, o direito brasileiro assim prevê a reparação moral: em forma pecuniária”, alegou a defesa sobre Aline.