Há mais de meio século ponto de encontro de naturistas, a praia do Denny Blaine Park, em Seattle (Washington), poderá deixar de permitir a prática da nudez. A decisão partiu do juiz Samuel Chung, que estipulou um prazo de duas semanas para que a prefeitura impeça o naturismo no local.
A justificativa apresentada é o aumento de comportamentos sexuais em público. Segundo moradores da região, a praia, que atrai principalmente frequentadores da comunidade LGBTQIA+, passou a ser cenário recorrente de atos obscenos. Um grupo de residentes se organizou para pressionar as autoridades e apresentou vídeos como evidência, registrando casos de sexo e masturbação no parque.
De acordo com os relatos, apenas em uma semana de março, foram registrados quatro episódios de masturbação pública. Um deles envolveu um homem nu que teria se masturbado no capô de um carro por mais de seis horas. Outro caso descrito foi o de um indivíduo que expôs suas genitálias a uma mulher enquanto fazia comentários de cunho sexual.
Em seu parecer, divulgado na segunda-feira (14), o juiz Chung afirmou que a situação configura “perturbação da ordem pública” e que a nudez no Denny Blaine Park precisa ser revista dentro do plano municipal de segurança e uso de espaços públicos.
Apesar da decisão judicial, há resistência. O grupo “Amigos de Denny Blaine”, que defende a manutenção da praia como espaço naturista, anunciou que vai recorrer. Em nota, a entidade criticou a generalização e defendeu que os casos extremos não representam a conduta da maioria:
“A enorme maioria do uso nu da praia por milhares de moradores de Seattle a cada ano é amigável, legal e positiva.”