Saiba de onde vem o dinheiro da família real britânica

Saiba de onde vem o dinheiro da família real britânica

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Tiago Mascarenhas, com informações da CNN

Hugo Burnand

Publicado em 16/07/2025 às 09:22 / Leia em 3 minutos

Manter a rotina da monarquia britânica exige cifras milionárias. Mas, ao contrário do que muitos imaginam, o luxo da família real possui regras e limites que sustentam o estilo de vida da realeza.

A fortuna da família real tem origem em três fontes principais: o Fundo Soberano, os ducados e a riqueza privada. Embora alguns membros tenham carreiras próprias, essas três frentes sustentam os altos custos, que envolvem viagens, segurança, manutenção de propriedades históricas e outras despesas.

O Fundo Soberano, principal fonte de recursos da Coroa, é bancado com dinheiro público e equivale a um repasse anual do governo britânico ao monarca. A verba vem dos impostos pagos pela população e deve ser usada para despesas oficiais, como viagens, folha de pagamento de funcionários, reformas e manutenção de imóveis reais.

Uma parte do valor também é gerada por lucros do chamado Domínio da Coroa, um conjunto de propriedades e terrenos espalhados pelo Reino Unido que são alugados a empresas e cidadãos.

Em 2022, os ativos desse portfólio superavam US$ 20 bilhões. Apesar do nome, o Domínio da Coroa não pertence pessoalmente ao rei. Desde 1760, é gerido por uma organização independente e o soberano apenas usufrui de seus lucros enquanto está no trono.

A segunda fonte de receita vem dos ducados de Lancaster e da Cornualha, que funcionam como carteiras de investimentos privadas. Eles reúnem propriedades rurais, imóveis e empreendimentos comerciais que geram renda por meio de aluguéis e outros contratos.

O Ducado de Lancaster é controlado pelo monarca em exercício, hoje, o rei Charles III, enquanto o Ducado da Cornualha pertence ao herdeiro do trono, atualmente o príncipe William.

Diferentemente do Fundo Soberano, esses rendimentos são privados e podem ser usados livremente pela família. No entanto, há uma regra: lucros obtidos com a venda de ativos devem ser reinvestidos para garantir a continuidade do patrimônio.

A terceira fonte é composta por bens que fazem parte do patrimônio pessoal dos membros da família real. Inclui propriedades, investimentos, joias, poupanças e heranças, tudo fora do alcance do dinheiro público.

Castelos como Balmoral, na Escócia, e Sandringham, na Inglaterra, por exemplo, são de uso exclusivo da família e estão entre os ativos privados mais tradicionais. A mansão de Sandringham, inclusive, é o local onde os membros da realeza se reúnem para o Natal desde o século XIX.

Também fazem parte dessa categoria os bens deixados por Diana, princesa de Gales, herdados pelos filhos William e Harry. Esses ativos, por serem particulares, podem ser usados como quiserem, sem qualquer interferência do Estado.

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