A MAPFRE, seguradora responsável pela apólice do avião em que Marília Mendonça e outras quatro pessoas morreram em 2021, se pronunciou pela primeira vez sobre a polêmica envolvendo a divisão do seguro entre Dona Ruth, mãe da cantora, e os familiares das demais vítimas. A empresa confirmou, por meio de nota, que o acordo foi feito com consenso entre todos os envolvidos e homologado judicialmente.
A informação surge em meio às acusações de que Dona Ruth teria exigido 50% do valor total do seguro, estimado em 1 milhão de dólares. Segundo os familiares das vítimas, essa decisão deixou apenas 10% para cada uma das outras cinco famílias. Dona Ruth nega ter discutido valores com os envolvidos e afirma que sugeriu uma divisão igualitária.
A seguradora declarou que o acordo foi feito “com base em critérios técnicos” e que não houve imposição unilateral. “A MAPFRE informa que cumpriu integralmente o acordo homologado judicialmente, construído em consenso entre as partes e com base em critérios técnicos”, diz o comunicado enviado ao portal Splash, do UOL. A empresa, no entanto, não comentou os valores nem os detalhes específicos da partilha, alegando sigilo judicial.
A discussão ganhou força após uma viúva de uma das vítimas divulgar um áudio de 2022, em que implora por uma divisão mais justa do seguro. Em entrevista ao Fantástico, Dona Ruth negou que tenha feito exigências e se defendeu das acusações: “Eu não conversei com ninguém sobre dinheiro”.
A repercussão se intensificou nas redes sociais. Usuários criticaram a postura de Dona Ruth e questionaram a transparência nas negociações. Em meio à pressão pública, a nota da seguradora reforça que todas as famílias assinaram o acordo de forma documentada, mas o conteúdo do contrato segue em sigilo.