A nova rodada da pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (16), mostra que a desaprovação ao governo Lula (PT) caiu de 57% para 53%, enquanto a aprovação subiu de 40% para 43%. Apesar da melhora nos números, o presidente segue com mais eleitores que desaprovam sua gestão do que os que aprovam. A diferença entre os dois índices, que era de 17 pontos em junho, agora está em 10, a menor desde janeiro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.
O levantamento foi realizado entre os dias 10 e 14 de julho, com 2.004 entrevistas presenciais em todo o Brasil, com eleitores a partir de 16 anos. A pesquisa também indica que Lula conseguiu melhorar sua imagem em segmentos fora de sua base tradicional de apoio.
No Sudeste, por exemplo, a diferença entre aprovação e reprovação caiu de 32 para 16 pontos. Entre os eleitores com ensino superior completo, a aprovação subiu 12 pontos e a desaprovação recuou 11, reduzindo a diferença de 31 para 7 pontos. Na faixa etária de 35 a 59 anos, a rejeição caiu e o cenário se aproxima de empate. Entre quem tem renda familiar entre dois e cinco salários mínimos, a diferença caiu de 19 para 9 pontos. Já entre as mulheres, que mais desaprovavam Lula em junho, há agora empate técnico.
Segundo o diretor da Quaest, Felipe Nunes, os dados indicam uma recuperação do governo entre os setores médios da sociedade, com maior escolaridade e mais informação. “A recuperação do governo aconteceu entre quem é de classe média, que tem alta escolaridade, no Sudeste. São os segmentos mais informados da população, que se percebem mais prejudicados pelas tarifas de Trump, e que consideram que Lula está agindo de forma correta até aqui, por isso passam a apoiar o governo. O governo saiu de coadjuvante para protagonista na pauta pública nacional”, afirmou.
A pesquisa também abordou a percepção dos brasileiros sobre o tarifaço anunciado pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump. Para 72% dos entrevistados, Trump está errado ao impor as tarifas ao Brasil sob a justificativa de perseguição política a Bolsonaro. E 79% acreditam que a nova taxa de 50% sobre produtos brasileiros vai impactar negativamente sua vida ou a de seus familiares.