O mês de junho registrou o pior desempenho da hotelaria de Salvador em 2025, com taxa de ocupação de apenas 49,56%, abaixo dos 52,89% registrados no mesmo período de 2024. O resultado repete uma tendência verificada em anos anteriores.
Apesar da realização de congressos, eventos e da movimentação provocada pelo Dia dos Namorados, tradicionalmente uma data positiva para o setor, fatores como o clima instável e o deslocamento de moradores e turistas para o interior durante os festejos juninos impactaram negativamente o desempenho dos hotéis.
Entre as regiões com melhor performance, destacaram-se Itapuã-Stella Maris (53,91%) e Barra-Ondina (51,19%). Na sequência vieram Pituba–Tancredo Neves (46,04%) e o Centro Histórico (40,09%). A ocupação nos fins de semana (46,50%) ficou abaixo da registrada durante a semana (50,88%).
A diária média em junho foi de R$ 587,27, valor próximo ao do mesmo mês em 2024 (R$ 547,37). Sem considerar os hotéis de luxo, a média cairia para R$ 472,81. Já o RevPar (receita por apartamento disponível) ficou em R$ 291,06.
Para Wilson Spagnol, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis – Seção Bahia (ABIH-BA), o mês de julho traz expectativas mais positivas. “A chegada do mês de julho, que coincide com o início das férias escolares na região sudeste do país, o principal mercado emissor, e o anúncio da retomada dos voos diretos para o Panamá, trazem esperança para os empresários deste setor que é muito empregatício, mas que depende da manutenção da atividade para poder garantir os empregos diretos”, ressalta.
Os dados são da Pesquisa Conjuntural de Desempenho (Taxinfo), realizada pela ABIH-BA em parceria com a ABIH Nacional, a partir de informações atualizadas diariamente pelos hotéis no Portal Cesta Competitiva.