Bahia realiza primeiro transplante de osso e cartilagem pelo SUS

Bahia realiza primeiro transplante de osso e cartilagem pelo SUS

Redação Alô Alô Bahia

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José Mion/Alô Alô Bahia com informações do g1

Feijão Almeida/GOVBA

Publicado em 15/07/2025 às 09:15 / Leia em 2 minutos

Pela primeira vez na Bahia, um paciente recebeu um transplante de osso e cartilagem realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O procedimento inédito aconteceu nesta segunda-feira (14), no Hospital Ortopédico do Estado (HOE), em Salvador, e durou quase quatro horas.

O paciente é Pedro Rios, um motociclista de 55 anos, natural de Itaberaba, na Chapada Diamantina. Ele sofreu um grave acidente de moto a caminho do trabalho e teve cerca de 25% da articulação do joelho comprometida, o que exigiu um enxerto complexo.

A cirurgia foi conduzida pelo ortopedista Matheus Azi, que destacou o alto grau de complexidade do procedimento. “Sem dúvida, a maior complexidade do procedimento é conseguir um doador anatomicamente compatível, que tenha as mesmas dimensões do joelho do paciente transplantado”, explicou o médico.

O tecido utilizado no transplante foi fornecido pelo Banco de Tecidos do Ministério da Saúde, no Rio de Janeiro. O material chegou a Salvador às 12h30 do mesmo dia da operação. Por questões de sigilo, não foram divulgadas informações sobre o doador.

Os bancos de tecidos são instituições especializadas em processar e armazenar materiais doados, com protocolos rigorosos para garantir qualidade e segurança. No Brasil, há bancos voltados para tecidos oculares, musculoesqueléticos, cardiovasculares e de pele.

A cirurgia começou às 14h e terminou às 17h40. Após o procedimento, o paciente foi encaminhado à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e deve ser transferido para um leito comum nos próximos dias. A reabilitação já começará durante a internação, com previsão de alta entre 10 e 15 dias.

Segundo o médico, a expectativa é de que Pedro volte a andar normalmente. Ele terá acesso à fisioterapia, oferecida na própria unidade hospitalar. “Há uma fila grande de pacientes aguardando o transplante. A gente tem mais oito casos, só ósseos, já mapeados e aguardando, que a gente deve começar a partir do próximo mês”, informou Azi.

Para o ortopedista, a realização da cirurgia representa um marco para a saúde pública baiana, sendo um passo extremamente importante no tratamento de alta complexidade para a população pelo SUS.

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