Uma oração contra a disseminação de ódio e desinformação nas redes sociais chamou atenção durante as celebrações católicas do domingo (6) em todo o país.
O pedido, presente na Oração dos Fiéis do 14º Domingo do Tempo Comum, circulou em folhetos distribuídos nacionalmente e causou controvérsia nos bastidores da Igreja.
A oração dizia: “Para que os governantes promovam ações legítimas que superem a cultura das falsas notícias nas redes sociais, rezemos.”
O conteúdo consta em versões do folheto litúrgico encontrados no site da Paróquia Santa Lúcia, em Aracaju (SE), e leva o selo da Editora Paulus, tradicional responsável por materiais litúrgicos. Embora tenha ganhado ampla circulação, a autoria do texto virou alvo de confusão institucional.
Procurada inicialmente, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) afirmou que o material não era de sua autoria. Já a Arquidiocese de Aracaju informou que apenas reproduz o folheto, que, segundo eles, seria de fato produzido pela CNBB e utilizado em todo o Brasil. “Inclusive está na Liturgia Diária”, disse a instituição ao portal Poder360.
Em nova consulta, a CNBB declarou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não há regras rígidas para a formulação das orações litúrgicas e que, embora padres não possam se manifestar politicamente em nome da Igreja, temas sociais e comportamentais podem ser abordados durante as missas.
