As exportações do agronegócio brasileiro alcançaram US$ 82 bilhões no primeiro semestre de 2025, de acordo com dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
O resultado representa estabilidade em relação ao mesmo período do ano anterior (variação de -0,2%), mesmo com a queda nos preços internacionais de alimentos.
Entre janeiro e junho, o setor foi responsável por 49,5% de todo o valor exportado pelo Brasil, reforçando sua importância para a balança comercial do país.
No mês de junho, as exportações somaram US$ 14,6 bilhões, refletindo os efeitos da retração nos preços globais. Segundo o Banco Mundial, o índice internacional de preços de alimentos recuou 7,3% na comparação com junho de 2024.
Apesar do cenário, o Brasil manteve-se competitivo no mercado externo, com uma pauta diversificada de produtos e presença consolidada entre os maiores fornecedores mundiais de alimentos.
Entre os principais itens exportados em junho, destacam-se celulose, suco de laranja, farelo de soja, algodão, óleo de amendoim, ovos, gelatina, pimenta-do-reino moída e chocolates com cacau.
A China permaneceu como principal destino das exportações agropecuárias brasileiras, com compras de US$ 5,88 bilhões, o que representa 40,3% da pauta do mês. Em seguida aparecem a União Europeia (US$ 1,9 bilhão) e os Estados Unidos (US$ 1,04 bilhão).
O relatório do Mapa também destacou o crescimento dos embarques para Japão, Vietnã, Tailândia e Indonésia, indicando a expansão do Brasil em mercados não tradicionais, mas com alto potencial de consumo.