Apesar de avanços tímidos em todo o país, a Bahia amarga um dos piores desempenhos do Brasil na alfabetização infantil. Em 2024, apenas 36% das crianças da rede pública baiana foram consideradas alfabetizadas ao fim do 2º ano do ensino fundamental, muito abaixo da meta nacional de 60,2%.
Segundo os critérios do Ministério da Educação, uma criança é considerada alfabetizada se consegue ler pequenos textos, inferir ideias e escrever bilhetes simples, ainda que com erros ortográficos.
O índice nacional chegou a 59,2%, um leve aumento em relação a 2023 (56%). A meta, no entanto, não foi alcançada, em parte devido à queda brusca no desempenho do Rio Grande do Sul (de 63,4% para 44,7%), impactado pelas enchentes de maio. Mas a situação do Nordeste também chama atenção, com Bahia, Sergipe (38,4%) e Rio Grande do Norte (39,3%) entre os piores resultados.
Por outro lado, 11 estados superaram a meta, com destaque para o Ceará, que alcançou impressionantes 85,3%, ultrapassando sozinho a meta nacional prevista para 2030. Goiás (72,7%), Minas Gerais (72,1%) e Espírito Santo (71,7%) também se destacaram.
O Ministério da Educação já projeta uma nova meta para 2025: 64% das crianças alfabetizadas até o fim do 2º ano. A expectativa é avançar ano a ano, com foco especial nos chamados “territórios prioritários”, onde a Bahia deve estar no centro da atenção.