Onça-preta é registrada pela primeira vez em reserva natural de Goiás

Onça-preta é registrada pela primeira vez em reserva natural de Goiás

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Antonio Dilson Neto, com informações da Agência Brasil

Reprodução/Fundação Grupo Boticário

Publicado em 11/07/2025 às 16:39 / Leia em 2 minutos

Uma onça-preta, variação rara da onça-pintada, foi flagrada pela primeira vez na Reserva Natural Serra do Tombador, em Cavalcante, Goiás. As imagens inéditas foram captadas por armadilhas fotográficas entre março e maio deste ano.

O animal, conhecido cientificamente como Panthera onca melânica, tem a pelagem escurecida por uma mutação genética rara que ocorre em cerca de 10% da espécie. A presença da onça-preta é considerada um sinal positivo de preservação ambiental, já que a espécie está classificada como vulnerável pelo Ministério do Meio Ambiente.

“Para nascer uma onça melânica, pelo menos um dos pais precisa ter essa característica. O registro indica uma população saudável na região”, explica o biólogo Roberto Fusco, da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza. Por ser uma espécie que exige grandes áreas para sobreviver, a onça-pintada é considerada espécie guarda-chuva, cuja proteção beneficia todo o ecossistema ao redor.

A gerente da reserva, Mariana Vasquez, destaca que registros como esse fortalecem o engajamento da comunidade local. “Ver um animal tão raro inspira a conservação e reforça a importância das áreas protegidas”, afirma.

A Reserva Serra do Tombador tem 8.730 hectares e é mantida pela Fundação Grupo Boticário há duas décadas. Já foram registradas mais de 500 espécies de animais e 437 espécies de plantas na unidade, que não é aberta à visitação pública, recebendo apenas pesquisadores.

Maior felino das Américas, a onça-pintada sofre com desmatamento, caça retaliatória, mudanças climáticas e atropelamentos, especialmente no Cerrado. Segundo os especialistas, esses animais percorrem longas distâncias em busca de alimento, abrigo e locais para reprodução, o que reforça a importância de corredores ecológicos e da conservação de grandes áreas.

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