O governo de Portugal relançou oficialmente nesta quinta-feira (10) o processo de privatização da companhia aérea TAP. A proposta prevê a venda de até 49,9% do capital da empresa dentro de um ano e com a possibilidade de ampliar esse percentual futuramente, dependendo das condições do mercado.
O primeiro-ministro Luís Montenegro afirmou que a medida visa fortalecer a competitividade da companhia no cenário internacional.
“Estou convencido de que haverá muitas partes interessadas nesse processo”, disse. Do total previsto para venda, 5% da participação será reservada aos funcionários da TAP.
A iniciativa reacende o interesse de grandes grupos da aviação europeia, como Lufthansa, Air France-KLM e IAG, holding que controla a British Airways. As três companhias já haviam sinalizado interesse em conversas com o governo português no ano passado.
Em nota divulgada à imprensa, o grupo Air France-KLM confirmou que participará da nova etapa assim que os termos forem definidos. Já a IAG adotou postura cautelosa e afirmou que “analisará cuidadosamente todos os detalhes e condições do processo assim que forem disponibilizados”. A Lufthansa preferiu não se manifestar.
A TAP, controlada pelo Estado desde 2020, após uma reestruturação para contornar a crise provocada pela pandemia, fechou 2023 com lucro e recuperação no volume de passageiros, reforçando o apelo da companhia no mercado.