Assim que foi promovido a subchef em um restaurante na cidade de Grantham, na Inglaterra, o empreendedor Martin Selby, então com 25 anos, decidiu que faria uma grande viagem internacional. Ele havia começado a trabalhar no ramo gastronômico aos 16 e percebeu que aquele seria o momento certo para uma aventura. Dessa forma, decidiu passar um ano viajando pela Ásia, Austrália e Nova Zelândia. Hoje ele tem 43 anos e só voltou ao seu país de origem duas vezes desde que saiu. As informações são do Pequenas Empresas & Grandes Negócios.
Uma das primeiras paradas da viagem de Selby foi a ilha de Koh Samui, na Tailândia. Quando se aproximava do fim do período sabático, resolveu retornar à ilha para descansar. “Depois de um mês relaxando, pensei: ‘E se eu conseguisse um emprego aqui?'”, disse em entrevista ao Business Insider.
Selby imprimiu um currículo em um cibercafé, visitou hotéis locais e logo conseguiu uma vaga como chef. Aos poucos, sua carreira foi crescendo e ele foi firmando raízes na Tailândia ao se casar e se tornar pai.
Ao longo dos anos Selby trabalhou em vários restaurantes e hotéis até finalmente abrir seu próprio negócio. Hoje ele é dono de dois restaurantes: o Foxtrot, que serve pratos europeus modernos com influências asiáticas, e o Blind Tiger Kitchen and Cocktails, que gerencia ao lado de um sócio.
A rotina do empreendedor começa com um café da manhã com o filho adolescente em uma cafeteria administrada por sua esposa. Depois, ele passa no Foxtrot para cuidar da papelada e conversar com o gerente antes da abertura e, posteriormente, faz o mesmo no Blind Tiger.
Ele afirma que nunca tinha pensado em empreender quando morava na Inglaterra. “Acho que só quando cheguei aqui é que percebi que podia abrir meu próprio negócio.”
Selby conta que aprendeu que administrar um restaurante envolve muito mais do que apenas servir comida. Ele passou a ser o responsável pela contabilidade, sem contar a parte operacional, como o cronograma de funcionários.
“Meus subchefes cuidam das cozinhas e eu apenas os supervisiono, fazendo contas, garantindo que os boletos e os salários sejam pagos.”
O empreendedor chegou a Koh Samui em 2007, há 18 anos, e não cogita voltar ao seu país natal. “Está fora de questão”, diz. Uma das motivações que o levaram a deixar o Reino Unido são as diferentes estações do ano e, curiosamente, é a única característica que ele diz sentir falta. “É uma loucura, não é? É como se você terminasse com um parceiro, sentisse saudades por muito tempo, mas não quisesse voltar para ele, porque foi por isso que vocês se separaram.”
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