No Dia Mundial do Chocolate, celebrado neste 7 de julho, a Bahia se destaca como um dos principais territórios produtores de cacau do Brasil e referência histórica na cultura cacaueira. Com tradição centenária e força renovada por meio de políticas públicas, o estado integra o Programa Rotas de Integração Nacional, coordenado pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), que fortalece a cadeia do cacau e promove o desenvolvimento sustentável em várias regiões do país.
Dos três polos da Rota do Cacau em funcionamento, o Polo Litoral Sul da Bahia é o mais robusto em número de propriedades: são 16.589, envolvendo cerca de 17 mil produtores em 27 municípios, como Ilhéus, Itabuna e Canavieiras. Fundado em 2018 e reestruturado em 2021, o polo tem papel estratégico na economia local, com apoio de entidades como a CEPLAC, que ajudam a ampliar o acesso a mercados, inovações tecnológicas e a consolidar a governança da cadeia produtiva.
“O cacau representa uma das principais oportunidades de desenvolvimento regional com inclusão social, agregação de valor e respeito ao meio ambiente. O chocolate é o produto final que carrega toda essa riqueza cultural, produtiva e sustentável”, afirma Edgar Caetano, coordenador-geral dos Sistemas Produtivos Inovadores do MIDR.
Além da Bahia, os estados do Pará e Rondônia também são apoiados pela Rota do Cacau. Juntos, os três polos beneficiam mais de 30 mil produtores. O Polo Transamazônica (PA) reúne cerca de 10 mil propriedades e se conecta ao Plano de Desenvolvimento Sustentável do Xingu, enquanto o Polo Cacau Amazônia (RO), criado em 2023, já responde por 5 mil toneladas anuais de amêndoas.
Mais do que fortalecer a produção de cacau in natura, a Rota do Cacau estimula o crescimento do chocolate de origem, produzido artesanalmente, com identidade regional e foco na sustentabilidade. O objetivo é gerar renda, preservar o meio ambiente e consolidar o Brasil como referência global na produção de chocolates finos e sustentáveis.