Greve de controladores cancela mais de 1,5 mil voos e afeta 300 mil passageiros na França

Greve de controladores cancela mais de 1,5 mil voos e afeta 300 mil passageiros na França

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Com informações de Panrotas

Divulgação

Publicado em 04/07/2025 às 15:26 / Leia em 2 minutos

Uma paralisação de dois dias iniciada nessa quinta-feira (3) por controladores de tráfego aéreo na França afeta cerca de 300 mil passageiros em pleno início da temporada de férias de verão na Europa. A greve, que deve se estender até sexta-feira (4), atinge aeroportos de todo o país, incluindo o Charles de Gaulle, em Paris.

Segundo a agência de aviação civil francesa (DGAC), 40% dos voos programados para os três principais aeroportos de Paris foram cancelados nesta sexta-feira (4). Aeroportos do sul da França, por sua vez, também enfrentam cancelamentos em até metade das operações.

Os controladores protestam contra a escassez de pessoal e a obsolescência dos equipamentos utilizados nas torres de controle. Já o ministro dos Transportes da França, Philippe Tabarot, classifica a paralisação como “inaceitável” e afirmou que o objetivo do movimento “é perturbar o maior número possível de pessoas”, criticando a escolha do momento – o início das férias escolares e da alta temporada europeia.

Segundo a associação Airlines for Europe, mais de 1,5 mil voos já foram cancelados. Apenas a Ryanair, companhia de baixo custo, anunciou 468 cancelamentos, enquanto a EasyJet cancelou outros 274 voos. A Air France, embora tenha ajustado sua malha aérea, manteve os voos de longa distância, bem como a Lufthansa e a British Airways que também alteraram suas operações.

A paralisação está sendo conduzida por dois dos principais sindicatos da categoria: o UNSA-ICNA e o USAC-CGT. Ambos reivindicam a modernização dos equipamentos utilizados no controle de tráfego aéreo, além de protestarem contra a escassez de pessoal e um ambiente de trabalho que classificam como tóxico.

A DGAC pediu redução de 25% dos voos nos aeroportos parisienses e até 50% em outros terminais, com destaque para o sul da França. “A DGAC (Direção Geral da Aviação Civil) continua prometendo recursos, mas os sistemas estão ultrapassados e nossos profissionais são pressionados a compensar falhas com esforço humano”, afirmou o sindicato UNSA-ICNA em comunicado.

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