A partir deste sábado (5), os parisienses poderão voltar a nadar no Rio Sena, encerrando um período de 102 anos de proibição. A liberação faz parte de um plano de recuperação ambiental que começou junto com os preparativos para os Jogos Olímpicos de Paris, em 2024.
Três áreas foram designadas ao longo das margens do Sena para receber o público, com capacidade para mais de mil nadadores por dia, entre 5 de julho e 31 de agosto. A cidade também instalará 14 espaços adicionais de banho fora da capital, nos rios Sena e Marne. Duas dessas áreas já funcionam desde junho.
“Estamos especialmente felizes por termos provado que os céticos estavam errados e por podermos cumprir os compromissos que assumimos, em algo tão grande e complexo”, afirmou Pierre Rabadan, vice-prefeito de Paris responsável pelo Sena.
A reabertura foi viabilizada por uma série de investimentos em infraestrutura, que incluíram a ligação de dezenas de milhares de residências à rede de esgoto, modernização de estações de tratamento e a construção de grandes reservatórios de águas pluviais. As medidas visam evitar o transbordamento de esgoto durante tempestades intensas — problema que, no ano passado, chegou a adiar provas de triatlo.
Para garantir a segurança dos banhistas, testes diários de qualidade da água serão realizados. As áreas estarão sinalizadas com bandeiras verdes (liberado) ou vermelhas (interdito), em um sistema semelhante ao utilizado nas praias.
“Se abrirmos, é porque a água está dentro dos padrões. Não há risco para quem for nadar”, garantiu Rabadan.
