O ex-presidente Jair Bolsonaro foi submetido a uma endoscopia digestiva alta na manhã desta quarta-feira (2), no Hospital DF Star, em Brasília, após procurar atendimento médico com queixas persistentes de soluços e vômitos. O exame detectou um quadro de esofagite intensa, com inflamação e erosões na mucosa do esôfago, além de gastrite moderada.
As informações foram confirmadas por meio de boletim médico divulgado nas redes sociais. Segundo os profissionais responsáveis, o tratamento medicamentoso já iniciado será intensificado. Bolsonaro também recebeu orientações para seguir uma dieta restrita, evitar esforços vocais e permanecer em repouso domiciliar.
Em razão do estado de saúde, Bolsonaro decidiu cancelar toda a agenda pública prevista para o mês de julho, incluindo eventos em Santa Catarina e Rondônia.
“Após consulta médica de urgência foi-me determinado ficar em repouso absoluto durante o mês de julho. Do exposto, ficam suspensas as agendas de Santa Catarina e Rondônia. Crise de soluços e vômitos tornaram-se constantes, fato que me impedem até de falar”, escreveu o ex-presidente em publicação nas redes sociais.
Nos últimos meses, Bolsonaro já havia apresentado sintomas semelhantes. Durante uma viagem a Goiás, em junho, ele relatou indisposição e náuseas, cancelando compromissos. “Desculpa, estou muito mal. Vomito dez vezes por dia”, disse na ocasião, ao justificar sua ausência em um evento, durante o qual também teve crises de soluço.
Outro episódio ocorreu em abril, quando ele precisou de atendimento médico após passar mal em Santa Cruz, no interior do Rio Grande do Norte. Na ocasião, Bolsonaro foi inicialmente atendido em um hospital local e depois transferido de helicóptero para o Hospital Rio Grande, em Natal.
Desde que deixou a Presidência, Bolsonaro enfrenta recorrentes problemas de saúde, muitos deles relacionados a complicações intestinais e gástricas, algumas ainda decorrentes da facada sofrida durante a campanha eleitoral de 2018.