Setor apresenta crescimento expressivo e bate recorde histórico de vendas; imóveis de alto padrão puxam alta nos preços
O mercado imobiliário de Salvador segue em ritmo acelerado de crescimento e valorização em 2025. Segundo dados da última pesquisa da Ademi-BA, divulgada nesta quinta-feira (26), os imóveis na capital baiana registraram valorização média de 12,7% nos últimos 12 meses, com destaque para abril, que apresentou aumento de 3,2% em comparação ao mesmo mês do ano anterior.
Os imóveis de alto padrão, especialmente os com quatro dormitórios, foram os que mais se valorizaram no período: 15,1% de alta em um ano. Atualmente, o preço do metro quadrado em Salvador varia entre R$ 6.432 (econômico) e R$ 17.730 (super luxo). Já na Região Metropolitana, os valores vão de R$ 5.137 a R$ 15.189.
As tipologias compactas e de médio padrão também ganharam destaque no relatório. Os imóveis compactos, que atraem principalmente investidores, passaram de 18% dos lançamentos em abril de 2024 para 32,4% em abril de 2025. Os imóveis de médio padrão tiveram participação significativa nas vendas: saltaram de 17,7% para 44,1% no mesmo intervalo.
Apesar de uma leve retração nos lançamentos entre março e abril deste ano, houve crescimento expressivo se comparado a abril de 2024: 66% de aumento. Em abril de 2025, Salvador lançou 234 unidades e vendeu 598. Na Região Metropolitana, embora não tenham sido registrados lançamentos, 262 unidades foram vendidas.
Outro dado que reforça o bom momento do setor é o Valor Geral de Vendas (VGV), que somou R$ 5,7 bilhões nos últimos 12 meses – um recorde histórico e um crescimento de 127,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o VGV foi de R$ 2,5 bilhões.
Os bairros com maior volume de vendas em abril foram Ondina (29,4%), Pituba (11%), Jardim Santa Tereza (11%) e Costa Azul (9,8%).
O presidente da Ademi-BA, Cláudio Cunha, comentou os resultados positivos.
“Apesar de ser um momento que requer atenção pela taxa de juros e cenário macropolítico global, o mercado imobiliário continua se valorizando em percentuais mais elevados do que a inflação, o que demonstra a confiança da sociedade e a estabilidade do setor.”