Observatório do Chile revela imagens inéditas do universo feitas com câmera de 3.200 megapixels

Observatório do Chile revela imagens inéditas do universo feitas com câmera de 3.200 megapixels

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Antonio Dilson Neto, com informações da Reuters

Reprodução/ RubinObs/NOIRLab/SLAC/NSF/DOE/AURA/Handout

Publicado em 27/06/2025 às 16:09 / Leia em 3 minutos

O Observatório Vera C. Rubin, no Chile, acaba de dar um passo histórico na observação do cosmos. Com a maior câmera digital do mundo, de 3.200 megapixels, o telescópio instalado na Colina Pachón, na região de Coquimbo, começou a enviar suas primeiras imagens e já surpreendeu: em apenas 10 horas, identificou mais de 2.100 asteroides nunca antes vistos, observando uma fração do céu do hemisfério sul.

A estrutura de 8,4 metros de diâmetro, localizada no alto do deserto do Atacama, um dos locais com céus mais escuros do planeta, está projetada para captar mil imagens por noite. O plano é cobrir todo o céu do hemisfério sul a cada três ou quatro noites, alimentando um sistema de dados com potencial para revolucionar o trabalho de astrônomos ao redor do mundo.

“Isso realmente mudará e desafiará a maneira como as pessoas trabalham com seus dados”, afirmou William O’Mullane, gerente do projeto de dados do observatório, à Reuters. Ele explica que, em vez da produção limitada de estudos com base em poucas observações, o Vera Rubin fornecerá escalas inéditas de informação.

“Não estamos falando de um artigo. Eu lhe darei um milhão de galáxias, um bilhão de estrelas: temos 20 bilhões de medições de galáxias”, diz.

As Nebulosas Trífida e Laguna são vistas em uma imagem produzida pelo Observatório Vera C. Rubin, no Cerro Pachón, Região de Coquimbo, Chile, em 12 de junho de 2025. — Foto: RubinObs/NOIRLab/SLAC/NSF/DOE/AURA/Handout via REUTERS

As Nebulosas Trífida e Laguna são vistas em uma imagem produzida pelo Observatório Vera C. Rubin, no Cerro Pachón, Região de Coquimbo, Chile, em 12 de junho de 2025. — Foto: RubinObs/NOIRLab/SLAC/NSF/DOE/AURA/Handout via REUTERS

Galáxias distantes são vistas em uma imagem produzida pelo Observatório Vera C. Rubin, no Cerro Pachon, Região de Coquimbo, Chile, em 18 de junho de 2025 — Foto: RubinObs/NOIRLab/SLAC/NSF/DOE/AURA/Handout via REUTERS

Galáxias distantes são vistas em uma imagem produzida pelo Observatório Vera C. Rubin, no Cerro Pachon, Região de Coquimbo, Chile, em 18 de junho de 2025 — Foto: RubinObs/NOIRLab/SLAC/NSF/DOE/AURA/Handout via REUTERS

A expectativa é que o telescópio seja fundamental não só para aprofundar a compreensão sobre a formação do sistema solar, mas também para detectar potenciais ameaças de asteroides em rota com a Terra.

A complexidade do volume de dados exige novas formas de análise. “O número de alertas que o telescópio enviará por noite é equivalente à caixa de entrada de 83 mil pessoas. É impossível olhar tudo manualmente. Teremos que usar inteligência artificial”, explica o astrofísico Francisco Foster.

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