A Bahia teve a maior perda de população natural do estado por migração de saída, segundo dados do Censo, divulgados nesta sexta-feira (27), pelo IBGE. Em 2022, 3.381.107 pessoas nascidas na Bahia moravam em outras unidades da Federação, enquanto 961.896 pessoas nascidas em outras unidades da Federação moravam na Bahia.
Segundo o instituto, o saldo negativo era de 2.419.211 baianos por nascimento que haviam deixado o estado em algum momento da vida e moravam em outro lugar do Brasil. Era o maior contingente do país e correspondia a 17,1% da população recenseada na Bahia. Das 27 unidades da Federação, 13 tinham saldos negativos de migração de pessoas naturais em 2022, ou seja, registraram, ao longo do tempo, um movimento de saída de população mais intenso do que o de entrada, incluindo os 9 estados do Nordeste.
Depois da Bahia, Minas Gerais tinha o 2º saldo mais negativo: 1,752 milhão de pessoas naturais do estado viviam em outras unidades da Federação, em 2022. Em seguida, vinha Pernambuco, com 1,363 milhão.
No outro extremo, São Paulo continuava com o maior número de pessoas naturais de outros estados na sua população, apresentando um saldo positivo de 5,701 milhões de habitantes que não eram paulistas. Goiás ficava na 2ª posição, com 1,280 milhão de habitantes naturais de outros estados, e Santa Catarina vinha em seguida, com 1,115 milhão de habitantes nascidos em outros estados.
O estado que mais abriga baianos é São Paulo. Desde 1991, o estado se mantém com a maior população baiana fora da Bahia. Em 2022, 1,840 milhão de pessoas naturais da Bahia, ou 54,4% de todos os emigrantes baianos, viviam no estado.
Em seguida, mas num patamar muito inferior, vinha Goiás, que desde 2010 tem a 2ª maior população baiana fora da Bahia, abrigando, em 2022, 243.364 pessoas naturais do estado. Em 2022, Minas Gerais passou a ter a 3ª maior população baiana fora da Bahia, 221.005 pessoas. Superou, assim, o Rio de Janeiro, que era o 2º principal destino dos baianos em 1991 e 2000, o 3º em 2010 e ficou em 4º lugar em 2022 (com 177.789 pessoas naturais da Bahia na sua população). Por fim, o Espírito Santo manteve, em 2022, a 5ª maior população de migrantes baianos (172.828 pessoas), posto que ocupa desde o Censo de 2000.