Turista diz ter sido barrado de entrar nos EUA por ter meme do vice-presidente americano no celular

Turista diz ter sido barrado de entrar nos EUA por ter meme do vice-presidente americano no celular

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Com informações do Extra

Reprodução / Redes sociais

Publicado em 25/06/2025 às 12:45 / Leia em 3 minutos

Um turista norueguês disse ter sido barrado de entrar nos EUA por ter meme do vice-presidente americano, J.D. Vance, no celular. As informações são de Fernando Moreira, no Jornal Extra.

Mads Mikkelsen (homônimo de um ator dinamarquês), de 21 anos, foi mandado de volta à Noruega após chegar ao Aeroporto de Newark, em Nova Jersey (EUA), em 11 de junho para passar férias em Nova York e Austin (Texas).

O jovem contou ao jornal norueguês “Nordlys” que foi abordado pelo controle de fronteira e colocado numa cela.

Em seguida, prosseguiu Mads, os agentes o ameaçaram com uma multa de US$ 5 mil ou cinco anos de prisão se ele se recusasse a fornecer a senha do seu celular.

O norueguês acabou cedendo. Foi quando, disse Mads, um agente encontrou o meme – uma edição de uma foto de Vance com a cabeça com forma oval e careca.

Segundo Mads, logo após a descoberta da imagem, ele foi informado que a sua entrada nos EUA fora negada e que ele seria mandado de volta a Oslo.

De acordo com o “Daily Mail”, entretanto, a Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP, na sigla em inglês) dos EUA, sob a tutela do Departamento de Segurança Interna, esclareceu que “a entrada de Mads Mikkelsen não foi negada por quaisquer memes ou razões políticas”.

“Foi porque ele admitiu usar drogas”, escreveu no X a conta da CBP.

A segunda foto “problemática” vista pelos agentes americanos, como o próprio Mads admitiu, era de um cachimbo de madeira.

“Ambas as fotos foram salvas automaticamente no celular a partir de um aplicativo de bate-papo, mas eu realmente não pensei que essas fotos inocentes impediriam a minha entrada no país”, defendeu-se Mads, rebatendo o argumento oficial.

Ele também contou ao Nordlys que os agentes lhe fizeram “perguntas diretas sobre tráfico de drogas, planos terroristas e extremismo de direita” e que ele havia sido forçado a doar uma amostra de sangue.

Ainda não está claro por que o norueguês foi submetido a um escrutínio mais rigoroso, disse a revista “Time”.

“Eu me senti alvo de preconceito, suspeito e simplesmente humilhado, na frente de muitas outras pessoas no aeroporto”, contou o nativo da cidade de Tromsø (Noruega). “Eles me levaram para uma sala com vários guardas armados, onde tive que entregar sapatos, celular e mochila”, acrescentou.

Perda bilionária

Alguns países, incluindo China, Dinamarca e Finlândia, emitiram alertas de viagem aos seus cidadãos sobre a possibilidade de viajar para os EUA em resposta a diversas políticas do governo de Donald Trump. Em meio a tudo isso, viajantes estão cada vez mais se afastando dos EUA, e o Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTC) afirmou que a economia americana deverá perder US$ 12,5 bilhões (cerca de R$ 69 bilhões) em gastos de viajantes internacionais só este ano.

“Mantenha a calma (mas apague suas fotos nuas)”, aconselhava a manchete do jornal britânico “Guardian” para turistas que vão aos EUA. A “Wired” aconselhou viajar com um telefone separado — embora um telefone que pareça “muito limpo”, alerta, “possa levantar suspeitas” — ou, pelo menos, minimizar o risco imprimindo seu cartão de embarque e quaisquer outros documentos que você precise apresentar para evitar tirar o telefone do bolso.

 

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