A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil anunciou, nesta quarta-feira (25), uma nova diretriz para concessão de vistos de estudante. A partir de agora, todos os solicitantes das categorias F, M e J deverão tornar seus perfis em redes sociais visíveis publicamente, como parte do processo de análise e segurança.
Em nota, o governo americano afirma que a obtenção do visto “é um privilégio, não um direito” e destaca que o Departamento de Estado está comprometido com altos padrões de segurança nacional e pública na emissão de vistos. “Para viabilizar essa verificação, todos os solicitantes deverão ajustar as configurações de privacidade de seus perfis de mídias sociais para o modo ‘público'”, afirma o comunicado.
A medida atinge os vistos:
- F, destinados a estudantes matriculados em instituições acadêmicas como universidades e faculdades;
- M, voltados a estudantes de cursos vocacionais ou técnicos;
- J, que abrangem participantes de programas de intercâmbio educacional e cultural aprovados pelo governo norte-americano.
O governo dos EUA justifica a exigência como forma de identificar conteúdos considerados hostis às instituições, à cultura ou aos princípios do país. A determinação já havia sido mencionada na semana passada pelo Departamento de Estado, e agora foi formalizada pela embaixada.
A medida ocorre em um momento de maior rigidez na política migratória da gestão Donald Trump. Em maio, o governo tentou impedir a Universidade de Harvard de aceitar estudantes estrangeiros, decisão posteriormente suspensa pela Justiça. No início de junho, um decreto presidencial restringiu o ingresso de cidadãos de 12 países, incluindo Irã, Haiti, Líbia, Afeganistão e Venezuela.
Segundo a embaixada, os consulados norte-americanos no Brasil devem retomar em breve o agendamento de entrevistas para concessão de vistos estudantis, suspensas desde maio.