A cidade de Cachoeira, no Recôncavo baiano, assume simbolicamente o título de capital da Bahia nesta quarta-feira (25). A tradição mantida há quase duas décadas acontece em reconhecimento ao papel fundamental do município na luta pela independência do Brasil na Bahia.
Cachoeira tem uma importância histórica celebrada com uma programação cívica extensa, como ocorre todos os anos. Desde 2007, essa relevância é reconhecida oficialmente por lei, que destaca a participação decisiva do povo cachoeirano na expulsão das tropas portuguesas do território baiano em 1823.
O marco dessa luta teve início em 25 de junho de 1822, quando a população da cidade proclamou Dom Pedro de Alcântara, o futuro Dom Pedro I, como regente constitucional e defensor perpétuo do Brasil. Os moradores de Cachoeira defendiam a formação de um governo liderado por brasileiros, em oposição à permanência portuguesa e à tentativa de manter o domínio colonial.
Foi nesse contexto que se deu o primeiro confronto armado entre baianos e portugueses. Durante três dias de batalha, a resistência local conquistou sua primeira vitória em 28 de junho, ao tomar uma embarcação portuguesa atracada no Rio Paraguaçu.
Os combates se estenderam por vários meses e terminaram em Salvador, com a batalha decisiva em 2 de julho de 1823, data que marca, até hoje, a libertação definitiva da Bahia do domínio português, há exatos 202 anos.
Programação cívica
Como parte das celebrações, Cachoeira realiza uma série de atos cívicos ao longo do dia. Segundo a prefeitura, a programação teve início às 6h com uma salva de 21 tiros e se estende até o fim da tarde com desfile cívico. Confira:
06h – Salva de 21 tiros
06h – Alvorada de sinos
08h – Hasteamento dos pavilhões
09h – Te Deum na Igreja Matriz
09h – Samba de roda e recepção em frente à Câmara Municipal
10h – Sessão Solene
16h – Desfile Cívico