O corpo da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, foi retirado do Monte Rinjani, na Indonésia, na noite desta terça-feira (24), pelo horário de Brasília, ou seja, manhã de quarta-feira (25) no Brasil. Juliana caiu em um penhasco enquanto fazia trilha no vulcão, localizado na ilha de Lombok, no último sábado (21), e desde então permanecia no local.
A operação de resgate mobilizou equipes especializadas e voluntários durante quatro dias. Nesta terça (24), a família confirmou que a jovem foi encontrada sem vida.
De acordo com a Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia, o corpo foi resgatado com o uso de cordas, já que as condições climáticas impediram a utilização de helicópteros. A informação foi confirmada pelo chefe da agência, em entrevista a uma emissora local.
Nas redes sociais, integrantes da equipe de resgate alertaram que “fazer trilha no Monte Rinjani é um esporte de turismo extremo” e pediram compreensão diante das limitações da operação. “Quando acontecer um acidente, não culpe os resgatistas, a menos que você já tenha estado no lugar deles”, escreveu o grupo.
Os trabalhos foram dificultados por neblina, baixa visibilidade e o terreno acidentado. Dois acampamentos de apoio foram montados em pontos estratégicos do desfiladeiro, um a 400 metros e outro a 600 metros de profundidade. No total, 48 pessoas participaram da operação, segundo informações do Parque Nacional do Monte Rinjani.
A retirada do corpo só foi possível ao amanhecer, quando as condições foram consideradas seguras. Após ser içado, ele será levado de maca até o posto de Sembalun, de onde será transportado de helicóptero ao hospital Bayangkara, para os procedimentos legais.
Crescimento no número de acidentes
Dados divulgados pelo governo indonésio em março deste ano apontam um crescimento no número de acidentes registrados no Monte Rinjani, um dos destinos de ecoturismo mais procurados do país. Somente em 2024, o total de ocorrências quase dobrou em relação ao ano anterior.
Segundo o Escritório do Parque Nacional, foram registradas 21 ocorrências em 2020, 33 em 2021, 31 em 2022, 35 em 2023 e 60 em 2024.
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