A escalada das tensões entre Irã e Israel tem provocado impactos significativos na aviação mundial, com companhias aéreas alterando rotas e evitando o sobrevoo de áreas consideradas de risco no Oriente Médio. Com os episódios de ataques e retaliações diretas entre os dois países, o espaço aéreo de regiões como o Golfo Pérsico, o norte do Irã, o Iraque e partes de Israel passou a ser tratado com cautela redobrada por autoridades aeronáuticas e operadoras comerciais.
Empresas como British Airways, Lufthansa, Air France, KLM, Emirates e Qantas já anunciaram ajustes em voos que tradicionalmente cruzavam o espaço aéreo iraniano ou israelense. A Emirates, por exemplo, reconfigurou algumas rotas para a Europa e a Ásia para evitar aproximações com o Irã. Já a Qantas alterou voos entre Londres e Perth, que costumavam sobrevoar diretamente áreas do Oriente Médio, para trajetos mais longos, porém considerados mais seguros.
Além das empresas comerciais, agências reguladoras como a Federal Aviation Administration (FAA), dos Estados Unidos, e a Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA) emitiram alertas e orientações para que voos civis evitem o espaço aéreo sobre zonas de conflito, em especial após episódios recentes de lançamento de mísseis e drones em áreas próximas a rotas comerciais.
O governo do Catar condenou o ataque do Irã à base militar de Al Udeid, situada em seu território e operada pelos Estados Unidos. Como resposta ao incidente, o país decidiu suspender temporariamente o tráfego aéreo nesta segunda-feira (23), adotando uma medida emergencial para preservar a segurança da aviação civil.
Especialistas em aviação alertam que o aumento do tempo de voo e o desvio de rotas podem acarretar custos adicionais para as companhias, além de provocar atrasos e reprogramações logísticas. Ainda assim, segundo analistas de segurança, o cenário exige uma postura preventiva diante da imprevisibilidade da situação geopolítica na região.