O velejador brasileiro Aleixo Belov desembarcou nesta segunda-feira (23) em Murmansk, na Sibéria, encerrando a primeira etapa da Expedição Marítima – Passagem Nordeste 2025. A chegada do veleiro Fraternidade ao porto russo foi marcada por uma série de desafios técnicos enfrentados no Ártico, incluindo falhas no GPS, no piloto automático e na bússola, impactada pela proximidade do Polo Norte.
Em mensagem enviada diretamente de Murmansk, Aleixo Belov detalhou as dificuldades:
“O GPS não funcionou, o piloto automático parou de funcionar, não indicava o ângulo de leme nem nada. Cheguei fazendo navegação estimada como há 40 anos. Nem a bússola funcionou devido à proximidade do Polo Norte.”
Esses contratempos têm levantado dúvidas sobre a viabilidade de seguir com a rota original pelo norte da Sibéria em direção ao Oceano Pacífico.
“Do jeito que está, caso a coisa não mude, talvez não dê para fazer a travessia pelo norte da Sibéria para o Oceano Pacífico. Vamos conhecer a Sibéria a partir daqui e talvez mudemos o roteiro daqui para frente, indo para a Noruega, Faroe Island, Islândia, ninguém sabe.”
Além dos problemas técnicos, o cenário geopolítico da região preocupa o velejador:
“Como a guerra está só aumentando, podem surgir ainda mais problemas e a gente, ao navegar, fique sem saber onde está e nem para onde ir no meio do mar gelado.”
Aleixo finalizou sua mensagem com uma saudação aos amigos e ao Brasil, demonstrando otimismo para os próximos passos da expedição.