Sempre entre Salvador e o Rio de Janeiro — onde comanda o programa É de Casa, na TV Globo —, a jornalista Rita Batista tem um lugar onde o tempo muda de ritmo: a “Casa da Sorte”, como batizou seu sobrado no bairro dos Barris, na capital baiana. As informações são da Marie Claire.
O imóvel antigo, de 220 metros quadrados, foi encontrado por ela em plena pandemia. A mudança aconteceu em 2 de novembro de 2020 — data que Rita guarda com carinho na memória. Apenas 22 dias depois, veio o convite da Globo para integrar o time de repórteres da emissora em São Paulo. Mesmo diante da oportunidade, a apresentadora fez uma escolha clara: “Escolhi ficar na minha casa porque ela é meu refúgio”, conta.

Rita Batista — Foto: Maiara Cerqueira
O desejo por uma casa de rua, e não por um apartamento em condomínio como queria seu então marido, falou mais alto. A reforma do imóvel dos anos 1950 foi feita aos poucos, com apoio do arquiteto e amigo Roberto Leal Neto. “É uma casa que tem alma. Quando entro, parece que passei por um portal. Tudo se enche de luz”, revela.
E não é só impressão. A energia do lugar ecoa os rituais diários da jornalista: incensos nos cômodos, orações, afirmações, simpatias e tradições. Rita sopra canela no primeiro dia do mês, queima casca de cebola no último, reza a oração dos Reis Magos escrita a lápis todo 6 de janeiro e até “despacha a porta”, jogando água na rua ao abrir a casa pela primeira vez no dia.

Rita Batista — Foto: Maiara Cerqueira
Quem acompanha @ritabatista no Instagram — mais de 700 mil seguidores — já teve um vislumbre dessa atmosfera. Ali, ela mostra detalhes da decoração, como sua coleção de figas antigas, iniciada com uma peça herdada da avó. “Figa é mão. E mão é energia”, diz ela, que tatuou o símbolo no braço.
Essa reverência aos objetos e às histórias que eles carregam se estende por todo o lar. Uma das peças mais queridas da casa, por exemplo, é um sofá achado no lixo, resgatado com a ajuda de um então namorado e restaurado com afeto. “Tive que convencer ele de que era uma boa ideia. Enfiamos o sofá em um Palio”, relembra, rindo.

Rita Batista — Foto: Maiara Cerqueira
Com toques afetivos por todos os lados — de louças herdadas da avó às toalhas de mesa misturadas —, a casa também é cenário de encontros e celebrações. “Recebo todo mundo: manicure, trancista, festa da firma, amigos… tudo acontece aqui.” O espaço é dividido com o filho Martim, de 7 anos, a mãe e o irmão. “Sou muito acolhedora, mas também tenho meus momentos de solitude. Às vezes durmo no sofá da sala de TV ou fico no balanço de macramê da varanda.”
De tanto carinho por sua casa, Rita criou com o Miranda Estúdio uma linha de objetos com frases como “Todo poder vem de dentro” e o já famoso capacho: “Toda casa é da sorte”. “Não é para lembrar da minha casa, é para legitimar que a casa de quem leva também é uma casa da sorte.”