Um dos grandes destaques do remake de Vale Tudo, Alice Wegmann tem conquistado cada vez o público com a sua espontaneidade e carisma. Na trama escrita pela autora baiana Manuela Dias, a atriz interpreta a diretora da agência Tomorrow Solange Duprat. Em entrevista ao jornal O Globo, a Wegmann relembrou trabalhos que marcaram a sua carreira e falou sobre o período em que precisou tratar de um quadro de bournout e depressão. Os problemas aconteceram logo após a sua atuação na série “Onde Nascem os Fortes”, em 2018.
“Ainda não tinha maturidade de distinguir o que era personagem, atriz e Alice. Era muito intensa. Ali, entendi o meu limite. Tive que ser reanimada. Meu coração bateu a 31 e fui parar numa UPA. Estava numa cena de ação e comecei a passar mal. Eu tremia, não conseguia falar direito. Fiquei deitada no chão, veio uma ambulância, tomei duas doses de atropina porque uma não adiantou, e tive uma reação alérgica, minha pupila ficou dilatada, não conseguia respirar direito (…) Quando acabou a série, entrei pra análise. Vivi um período sombrio. Era um luto. Quando acaba uma novela, série, filme, peça está perdendo a sua melhor amiga com a qual conviveu durante meses. A história, a persona que criou não existe mais. Acabou. É um vazio. Vivi essa depressão. Não tinha vontade de sair, de me ver, de que me vissem. Tinha muita vergonha de mim. Não sabia me reconhecer mais (…) Foi quando eu conheci a minha analista. Ela salvou a minha vida. Porque eu saí de um buraco”, relatou a artista.
No bate-papo, ela explicou ainda sobre como tem enfrentado esse tipo de situação atualmente. “Hoje, quando vivo esses lutos, olho e falo: ‘Não quero viver o que vivi em 2018, não vou voltar para aquele lugar’. Olho para esses pensamentos e penso: ‘Peraí, estou louca, vamos acalmar, tomar uma água, fazer uma massagem’. Me ajuda muito a água, entrar no banho e deixar a agua escorrer. E aí, peço proteção, me conecto com a minha espiritualidade, a minha fé. Me concentro em acender uma vela fazer a minha oração, pedir pra Deus e pros meus orixás.