Alexandre de Moraes revoga soltura de homem que destruiu relógio de D. João VI

Alexandre de Moraes revoga soltura de homem que destruiu relógio de D. João VI

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Antonio Dilson Neto

Reprodução/STF

Publicado em 20/06/2025 às 15:50 / Leia em 2 minutos

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a reincarceração de Antônio Cláudio Alves Ferreira, condenado a 17 anos de prisão pelos crimes cometidos durante os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília.

Antônio havia sido solto por decisão da Justiça de Minas Gerais, que autorizou a progressão para o regime semiaberto com base em boa conduta e ausência de faltas disciplinares. A medida foi assinada pelo juiz Lourenço Migliorini Fonseca Ribeiro, da Vara de Execuções Penais de Uberlândia.

No entanto, Moraes considerou que o juiz mineiro atuou fora de sua competência, já que o processo corre no STF e nenhuma autorização havia sido concedida para essa mudança de regime.

“O juiz proferiu decisão fora do âmbito de sua competência”, escreveu Moraes, reforçando que somente o Supremo pode decidir sobre o caso.

Segundo o ministro, Antônio Cláudio ainda não cumpriu o mínimo de 25% da pena — exigido por lei — para pleitear o regime semiaberto, considerando a gravidade dos crimes e o uso de violência.

Além de revogar o alvará de soltura, Moraes determinou a abertura de investigação contra o juiz responsável pela decisão.

“A conduta do juiz deve ser devidamente apurada pela autoridade policial no âmbito deste Supremo Tribunal Federal”, determinou o ministro.

Preso desde janeiro de 2023, Antônio Cláudio foi condenado por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado, destruição de patrimônio tombado e associação criminosa armada.

Durante os ataques de 8 de janeiro, ele foi filmado destruindo um relógio histórico de 1808, doado pela Corte Francesa ao imperador Dom João VI. A peça fazia parte do acervo da Presidência da República.

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