O Google Brasil informou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que não tem como identificar o responsável por publicar na internet a chamada “minuta do golpe”, conforme determinado pelo magistrado na terça-feira (17). A resposta foi enviada nesta quarta-feira (18).
Segundo a empresa, a decisão não indicou uma URL específica hospedada em seus serviços, o que inviabiliza a localização do conteúdo. Em nota enviada ao Supremo, o Google afirma que atua apenas como indexador de conteúdos de terceiros, e que as páginas mencionadas pela defesa de Anderson Torres, como os sites O Cafezinho e Conjur, não estão hospedadas ou vinculadas diretamente à plataforma.
“A presença de determinado resultado no buscador não demonstra vinculação daquele conteúdo com sites hospedados ou vinculados a serviços da Google”, diz o documento.
A empresa acrescenta que eventuais pedidos de dados sobre essas páginas devem ser feitos diretamente aos administradores responsáveis pelos sites.
A solicitação de Moraes atende a um pedido da defesa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, que tenta demonstrar que a minuta encontrada em sua casa é a mesma que circula na internet, buscando, assim, provar que não é o autor do documento.
O pedido faz parte de uma rodada de diligências complementares apresentadas pelas defesas dos réus da trama golpista, cujo prazo se encerrou na segunda-feira (16).